O piloto português Paulo Gonçalves (Honda) recusou hoje o estatuto de herói, por ter parado para ajudar um colega durante a etapa de sábado do rali Dakar, considerando-se apenas “um ser humano com respeito pelos outros”.
“Não sou um herói, sou um ser humano com respeito pelos outros”, escreveu o piloto na sua página no Facebook, acrescentando: “Fiz aquilo que me competia, ao contrário, acredito que fizessem o mesmo por mim”.
“O Dakar é uma aventura de muito risco, de muito sacrifício, damos tudo por tudo ao longo de vários dias, milhares de quilómetros, e o risco está sempre à espreita”, referiu o piloto.
Paulo Gonçalves permaneceu na liderança da classificação de motas do rali todo-o-terreno Dakar2016, após a organização do rali todo-o-terreno ter ajustado no sábado a classificação da sétima etapa, recolocando-o no terceiro lugar.
O campeão do mundo de 2013 tinha sido 31.º na tirada, entre Uyuni, na Bolívia, a Salta, na Argentina, mas a organização premiou o ‘fair-play’ do piloto natural de Esposende, por ter permanecido cerca de 10 minutos junto ao austríaco Matthias Walkner (KTM), que tinha sofrido uma queda e partido uma perna.
Após os ajustes, Gonçalves surge no terceiro lugar da etapa, a 1.56 minutos do vencedor, o francês Antoine Meo (KTM), e a três segundos do argentino Kevin Benavides (Honda), deixando o português no topo da classificação geral, com 3.12 minutos de vantagem sobre o australiano Toby Price (KTM), segundo classificado.