A ideia de passar o final do ano fora de Portugal começou num jantar em minha casa. Debitámos países, ganhou a dupla Israel/Jordânia. Comecei de imediato a organizar o percurso, a Joana Garcia e a Raquel Rocheta confiaram. A 26 de dezembro embarcámos rumo a Tel Aviv, onde permanecemos uma noite. Daí seguimos para a Jordânia, com intenção de visitar Petra. Considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, esta cidade em ruínas mantém templos e túmulos esculpidos em rochas que foram edificados pelas tribos do deserto que habitaram a região há milhares de anos. Redescoberta em 1812, só em 1985 Petra foi reconhecida pela Unesco como Património da Humanidade.
Pernoitámos no Hotel Petra Guest House, à porta do parque arqueológico. Com as imagens do filme Indiana Jones e a Última Cruzada em mente, começámos por uma visita noturna. Acompanhados por um guia, caminhámos pelo desfiladeiro até El Khazneh (o famoso tesouro), que estava todo iluminado por velas, num visual tão único quanto místico. O som de um flautista local deu-lhe uma aura ainda mais mágica. Impressionados, no dia seguinte começámos bem cedo a exploração e redescobrimos, agora com a luz do dia, o caminho da véspera. Voltamos a ficar boquiabertos com o templo monumental. E isto foi só o início: num total de 15km, observámos templos, igrejas, teatros e avenidas ladeadas de túmulos escavados nas rochas. Impossível parar de fotografar. O ponto alto aconteceu ao alugarmos burros para subir uma escadaria com cerca de 800 degraus até outra grande atração: o Al Deir Monastery. Foi mesmo uma viagem inesquecível.
Jordânia: Petra
D.R.
D.R.
Esculpida pela história.