Mais do que um símbolo da Madeira, é uma referência da hotelaria internacional. No passado dia 1 de novembro, eram 125 as velas em cima do bolo, mas a festa de aniversário do Belmond Reid’s Palace, na cidade do Funchal, ilha da Madeira, vai durar um ano inteiro. 365 dias de celebração do mais antigo hotel do arquipélago, que apesar de mais de um século de portas abertas se mantém elegante, requintado, luxuoso.
A história do Reid’s Palace conta-se através dos nomes ilustres que registaram o seu nome neste luxuoso hotel. E foram muitas as figuras dominantes das artes, da política ou da literatura que atravessaram os seus corredores, inúmeras as personalidades da alta sociedade mundial que se vestiram a rigor para o chá das cinco no emblemático terraço do hotel, entre elas a imperatriz Elizabeth da Áustria, conhecida como Sissi, o escritor George Bernard Shaw ou o estadista Winston Churchill, que acabou por dar o nome à suíte principal. E Bond, James Bond, ou melhor, o ator Roger Moore, também foi cliente do Reid’s.
Tudo começou com um sonho, o de William Reid, nascido em 1822 na Escócia. Após vários negócios na Madeira, Reid compra um terreno na ponta de um penhasco rochoso da ilha, conhecido como Salto do Cavalo, e em 1887 inicia a construção do edifício que viria a tornar-se o Belmond Reid’s Palace do Funchal.
Obras recentes transformaram por completo as 35 suítes e os 123 quartos, bem como as duas piscinas aquecidas. Por todas estas razões, o hotel madeirense foi premiado este ano com a Chave de Platina do guia Boa Cama Boa Mesa, que distingue os melhores hotéis e restaurantes nacionais. O prémio foi entregue por Francisco Pinto Balsemão numa cerimónia que decorreu na passada semana no Palácio da Ajuda, em Lisboa.