Em dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde foi alertada sobre vários casos de pneumonia em Wuhan, na China. O vírus parecia desconhecido, até que as autoridades o identificaram como um novo coronavírus. Desde então propagou-se por vários países, incluindo Portugal, e atingiu a classificação de pandemia esta quarta-feira, dia 11. Veja algumas recomendações e informações da OMS e da Direção Geral da Saúde.
Quais são os sintomas?
Segundo a Direção Geral da Saúde, as pessoas infetadas apresentam sintomas de doença respiratória como febre, tosse e dificuldade em respirar. Caso apresente os sintomas, tenha estado em contacto com uma pessoa infetada, ou tenha regressado recentemente de um dos países afetados deve contatar o SNS24, para que os profissionais de saúde decidam se deve ser testado.
Como se transmite?
A transmissão é feita através de gotículas projetadas no ar por tosse e espirros. Estas podem
infetar outra pessoa caso entrem em contacto com os seus olhos, nariz ou boca. As gotículas também se alojam nas superfícies, podendo infetar quem nelas toque com as mãos, e as leve aos olhos, nariz ou boca.
Quais as medidas de prevenção?
A Organização Mundial da Saúde divide as suas recomendações em: medidas de higiene e etiqueta respiratória, e limitação de exposição e transmissão da doença. As medidas passam por lavar as mãos frequentemente, espirrar ou tossir para o braço, evitar tocar com as mãos no rosto, não partilhar objetos pessoais e evitar contacto próximo com pessoas com infeção respiratória. Se viver numa zona afetada pelo vírus deve evitar o contacto próximo com todas as pessoas e, se possível, manter-se em casa.
Quais são os riscos para Portugal?
Ainda é cedo para saber, mas as primeiras estimativas apontam para taxas de mortalidade a rondar os 5% na China, 3% em Itália e 0.6% na Coreia do Sul. Os especialistas acreditam que a taxa de mortalidade depende muito do nível de atuação das entidades públicas (podem reduzir a taxa de mortalidade em 10 vezes), exemplificado pelo caso Coreano, onde foram feitos testes de diagnóstico em massa e foram instauradas medidas de isolamento social. Quanto mais cedo se travar o surto, menos provável é que os serviços de saúde fiquem “entupidos”, o que é fundamental para oferecer os melhores cuidados aos infetados pelo COVID-19 e até mesmo por outras doenças que careçam de cuidados hospitalares.