Tinha apenas 13 anos quando ganhou o concurso Elite Model Look e, um ano depois, trocou o Brasil por Milão, onde iniciou uma carreira internacional ligada à moda. Hoje, apesar de só ter 26 anos,
Isabeli Fontana é das
top models mais bem pagas do mundo, frequentemente requisitada para desfilar para Victoria Secret’s, Versace, Valentino ou Roberto Cavalli. A manequim brasileira esteve recentemente em Portugal, para participar no desfile da Vicente Internacional, e aproveitámos para conhecê-la melhor.
Mãe de dois meninos,
Zion, de sete anos – fruto do seu primeiro casamento, com o manequim
Álvaro Jacomossi -, e
Lucas, de três anos – da sua relação com o ator
Henri Castelli, Isabeli falou-nos ainda da sua relação com o músico
Marcelo Falcão, o vocalista da banda O Rappa, com quem namora há um ano e meio e que a fez voltar a acreditar no amor.
– Já desfilou para os grandes nomes da moda e foi capa das revistas mais conceituadas. O que é que lhe falta fazer?
Isabeli Fontana – O que mais quero agora é assinar um contrato com uma marca de beleza, que me dê segurança, para que eu possa selecionar apenas os melhores trabalhos, pois não quero trabalhar muito mais. Quero ter mais vida, porque neste meio nós não temos vida, nunca sabemos o que vai acontecer no dia seguinte. É tudo muito instável, por vezes tenho de recusar trabalhos para poder estar com os meus filhos. Há alturas em que quero viver a minha vida pessoal, tenho de gozar esses momentos para ser feliz.
– Alguma vez pensou desistir?
– Várias vezes. Mas, na verdade, agora quero apenas acalmar um pouco e poder fazer outras coisas. Estou, por exemplo, a criar uma marca de roupa para crianças, dos dois aos 12 anos, que se chama Electric Land, e será inspirada no
Rock n’Roll. Ainda não tenho um prazo para apresentar a coleção, porque, primeiro, tenho de trabalhar e ganhar mais dinheiro, para poder investir no negócio, pois não quero ter sócios.
– Como consegue conciliar tudo de forma a conseguir estar com os seus filhos, que, ainda por cima, são de pais diferentes?
– É muito difícil, ainda mais agora que tenho um namorado… Tenho que me virar em mil para conseguir dar atenção a todo o mundo! Mas é muito importante fazê-lo, porque é isso que me faz feliz. Além disso, mantenho uma boa relação com os meus ex-maridos. Não é fácil, mas também não é impossível.
– E tempo para o seu namorado?
– Temos de ser muito fortes para conseguir administrar este namoro praticamente por telefone. Por isso, é muito importante, quando tenho três dias livres, conseguir ir ao Brasil, para ficar com os meus filhos e com o meu namorado.
– E ele aceita bem as suas ausências?
– Tem de aceitar! Ele é muito querido e compreensivo, é maravilhoso.
– Após duas separações, continua a acreditar no casamento?
– Só me casei uma vez, pois o pai do Zion foi só namorado. Quando me separei do Henri, deixei de acreditar no casamento, no amor, na vida. Agora o Marcelo fez com que tudo isso renascesse dentro de mim, deu-me vontade de fazer tudo de novo.
– Quer dizer que, em breve, pode aparecer com uma aliança ou até grávida…
– Com certeza! Gostava de ter mais dois filhos.
– Continua a achar que é uma mulher carente?
– Sempre fui carente, preciso de ter as pessoas à minha volta.
–
Mora perto dos seus pais?
– O meu pai mora em Curitiba, a minha mãe mudou-se para São Paulo para me poder ajudar a tomar conta das crianças e da casa. Só que os avós estragam os nossos filhos… Chego a casa e tenho de pôr ordem nas coisas.
– É muito rigorosa?
– Sou.
– Não cai na tentação de compensar as ausências com a oferta de presentes?
– Acho que mimar de mais com amor, carinho e afeto é fundamental. Estragar é quando os deixamos fazer tudo sem limites. Mas quando é com muito carinho, amor e afeto, acho que é fazer um bem, porque estamos a lidar com o lado sentimental das pessoas, que é o mais importante. Assim, no futuro, eles vão ser sensíveis e não vão ter vergonha de demonstrar o carinho pelas pessoas, como alguns adultos têm. É muito feio ter vergonha de demonstrar o que sentimos pelas pessoas.
– Quer dizer que gosta de mostrar os seus sentimentos?
– Gosto, a quem merece!
– Como é que mata saudades dos seus filhos quando está fora?
– Eles odeiam falar ao telefone. Ficam furiosos e querem é que esteja ao pé deles.
– Sente remorsos quando lhe dizem isso?
– Agora já não, porque fiz muitas sessões de terapia. No início chorava muito, mas as crianças são muito espertas, porque nos fazem sentir mal enquanto elas ficam muito bem. Eles conseguem ser fingidos! Aprendi a lidar com isso, e tento sempre explicar-lhes que a mãe está a trabalhar para poder pagar a escola e as atividades que eles tanto gostam de praticar.
– Parece que é a 11.ª modelo mais bem paga do mundo…?
– Não sei… Quero sempre ganhar mais. Mas se estou no
ranking das melhores modelos do mundo, é graças ao meu trabalho, ao meu esforço, são muitos anos de carreira… Embora tenha interrompido durante uns meses, porque engravidei muito jovem.
– Que idade tinha?
– Tinha 20 anos. Optei por ter o filho porque o sonho da minha vida era ter uma criança. Engravidei sem querer, e usava o DIU. Mas fiquei muito feliz quando soube, e quis ter o filho.
– Na altura namorava com o modelo Álvaro Jacomossi…
– Sim. Claro que, quando se engravida com aquela idade, é muito difícil um casamento dar certo, porque ainda somos crianças.
– Essa relação não resultou porque eram jovens. E com o segundo casamento, com Henri Castelli, o que é que correu mal?
– Tive uma paixão louca e fiz tudo de uma vez: casei-me e engravidei. É perigoso fazer tudo demasiado depressa. Aprendi a levar as coisas mais devagar.
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*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.