A acusação
John, de 50 anos, desculpa-se "sem reservas" pelo seu comportamento e nega todas as acusações que lhe foram feitas, tendo mesmo afirmado que vai "colaborar na investigação policial".
O designer de moda está acusado pela procuradoria francesa por insultos anti-semitas e racistas numa pena que poderá chegar aos seis meses de prisão e o pagamento de uma multa de 22’500 euros. Galliano terá que apresentar-se em tribunal "durante o segundo trimestre de 2011", adiantou a procuradoria em comunicado.
"Desde os acontecimentos da última quinta-feira à tarde estive impossibilitado de fazer qualquer comentário público sobre o que aconteceu por conselho do meu advogado francês. Contudo, devido aos contínuos atrasos da procuradoria francesa eu tenho de esclarecer a minha posição", pode ainda ler-se no referido comunicado.
A clínica de reabilitação
Entretanto, o criador britânico deixou a França para ingressar numa clínica de reabilitação no Arizona, Estados Unidos, avança o jornal The New York Times. Galliano quer travar os seus problemas com o álcool e decidiu aceitar os conselhos dos seus amigos, como as modelos Kate Moss e Naomi Campbell.
Recorde-se que a Dior decidiu suspender o estilista do seu cargo de diretor criativo depois de virem a público as declarações anti-semitas e racistas de Galliano a um casal no bairro judeu do Marais, em Paris. Já quando o The Sun divulgou o vídeo onde o excêntrico estilista afirma "eu amo Hitler", visivelmente embriagado, a Casa Dior pôs um ponto final na parceria com o criador.´
Apesar de toda a polémica, a coleção desenhada por John Galliano para a Christian Dior será hoje apresentada em Paris, no museu Rodin, no âmbito da Semana da Moda de Paris. Já as propostas do criador para a sua própria marca não pisarão a passarela do evento de moda no próximo domingo, tal como estava previsto.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.