Elsa Barreto e
Henrique Händel apaixonaram-se há 21 anos. Passados seis, casaram-se, há 12 foram pais de
Miguel e há sete de
Sara. Sobre a família feliz que construiu ao lado do médico dentista, a CARAS conversou com a estilista, durante as suas férias em Vilamoura, no Algarve.
– O Algarve é sempre o vosso destino de férias de verão?
Elsa Barreto – Sim, vimos pelo menos durante 15 dias para o Algarve. Temos praias maravilhosas e acho que devemos fazer férias também no nosso país.
– Sente que durante estes dias tem mais tempo para a família?
– Sem dúvida. Tenho um trabalho que me exige cada vez mais tempo, porque de dia para dia tenho mais projetos, e o meu marido tem cada vez mais clínicas, e nem sempre temos o tempo que queremos para os nossos filhos. Sempre que há férias escolares, tentamos tirar uns dias para estarmos só os quatro.
– Sente que desde que teve os seus filhos, a Elsa passou a ser, acima de tudo, mãe?
– Completamente! Sei que há pessoas que por muito que gostem dos filhos sentem que eles lhes tiram tempo. Eu não penso assim. Os meus filhos não me tiram tempo, pelo contrário. Eles só me acrescentam uma felicidade muito grande e sempre que posso estou com eles. Mas sei que também é importante termos tempo para namorar e penso que conseguimos conciliar isso com a nossa vida familiar.
– E como é que se consegue estar há 21 anos apaixonada pelo mesmo homem?
– Tem a ver com a forma de estar e com o entendimento que criámos entre os dois. Também temos sabido crescer juntos. Todos nós mudamos ao longo da vida e temos de saber acompanhar a pessoa que está ao nosso lado e entender as mudanças pelas quais passamos. É importante as pessoas terem consciência de que um relacionamento a dois não é sempre fantástico. Nem podem achar que assim é. Os desentendimentos fazem parte do nosso crescimento.
– E como é que lidam com as fases menos boas pelas quais qualquer casal passa?
– Gosto de ter tempo para mim… E consigo, mesmo que seja pouco. E quando há desentendimentos, procuro acalmar-me e serenar nesse tempo só meu. É fundamental termos esse espaço. Não é por egoísmo, mas sim por necessidade.
– Revê-se muito nos seus filhos?
– Sim, até porque os meus filhos não são aquelas crianças-bebés. Também não são adultos, porque nem sequer têm de o ser. Acho que eles são reflexo da maneira como os educamos.
– Que tipo de mãe é?
– Sou um pouco mãe-galinha, mas também sou educadora. Fico sempre muito assustada em relação a tudo o que se passa com os meus filhos. Até sou exagerada, porque me preocupo imenso. Vivo muito para os meus filhos e tento ser também a mãe companheira. O meu filho tem 12 anos e já começa a ter aquelas histórias das namoradinhas e fala muito comigo. E esse sentimento de estar sempre presente e de ser alguém em quem eles confiam é maravilhoso.