Fotos: Arquivo Impresa
No dia 13 de Maio de 1995, D. Duarte de Bragança e D. Isabel de Herédia casaram-se numa cerimónia única no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. Perante centenas de convidados vindos de várias partes do mundo, e entre os quais estavam membros da realeza europeia, o pretendente ao trono português e a então gestora disseram o ‘sim’ numa cerimónia que mereceu atenção nacional. Numa transmissão em directo para a televisão, milhares de portugueses testemunharam o verdadeiro conto de fadas que o recente casal iniciava. Já marido e mulher, D. Duarte e D. Isabel de Bragança saíram ao som dos sinos e de vivas ao rei que os populares gritavam à porta da emblemática igreja, passando por cima das capas negras que os estudantes estenderam em jeito de homenagem.
Hoje, passados 15 anos, D. Duarte, que se casou apenas dois dias antes de completar 50 anos, recorda essa data de forma emotiva, como partilhou com a CARAS durante uma entrevista que teve como tema de conversa as comemorações das suas bodas de cristal: "Foi um momento muito emocionante em que sentimos o apoio e a amizade dos nossos amigos, parentes e também de milhares de portugueses que nos acompanharam."
Para além de comemorarem o seu aniversário de casamento no dia 13 de Maio, os duques de Bragança gostam de dedicar esta data a Nossa Senhora. Logo, a sua presença em Fátima neste dia é sempre notada. Este ano, com a vinda do Papa Bento XVI ao nosso país, os festejos vão ter um outro significado, como explicou D. Duarte: " Normalmente, temos comemorado com a Peregrinação de 13 de Maio a Fátima e com um jantar num restaurante com os nossos filhos. Este ano será de facto especial." Em declarações dadas à CARAS no dia em que comemoravam 12 anos de casamento, D. Duarte salientava: "Fazemos questão de agradecer esta felicidade a Nossa Senhora de Fátima."
Apesar da diferença de idades – D. Duarte completa no dia 15 de Maio 65 anos e D. Isabel tem 43 -, a cumplicidade entre o casal sempre foi inequívoca. Quando celebraram dez anos de casamento, D. Duarte confessou ao príncipe Fayçal Bey da Tunísia, numa entrevista para a CARAS, o que o cativou na mulher: " Eu conhecia a Isabel desde que ela era muito jovem e se não me casei antes foi porque ela me servia sempre de termo de comparação perante as raparigas que encontrava… e sobre as quais ela tinha enormes vantagens! Por isso, é simples, compreendi que a Isabel seria a mulher da minha vida e esperei que amadurecesse para poder casar-me com ela (…) Todos os dias descubro qualquer coisa de novo na minha mulher. Ela surpreende-me a cada instante e tenho-a como uma verdadeira fonte de felicidade e alegria. A Isabel ajuda-me ainda a compreender melhor os outros e consegue sempre fazer-me ver o lado bom das coisas." Nesta mesma ocasião, D. Isabel retribuiu os elogios ao marido: " O Duarte enche-me de atenções e sempre me deu provas de grande disponibilidade. Traz-me boa disposição, bom humor e uma imensa alegria de viver. É também reconfortante encontrar nele um homem que jamais se mostra indiferente, que revela interesse e curiosidade por tudo."
Depois do casamento, os duques de Bragança avançaram para a realização de um outro sonho: serem pais. Assim, a 25 de Março de 1996, menos de um ano após a sua união, nasceu Afonso de Santa Maria, príncipe da Beira. Depois, a 3 de Março de 1997, Maria Francisca junta-se ao irmão. Finalmente, a 25 de Novembro de 1999, nasce Dinis, ficando assim a família completa. Por isso, é com naturalidade que quando chega a altura de se fazer um balanço destes 15 anos de casamento, D. Duarte destaque a importância dos filhos nesta fotografia familiar feliz: " Foram 15 anos muito interessantes que mudaram completamente as nossas vidas, sobretudo devido à presença dos nossos filhos. Estes são uma bênção de Deus, mas ao mesmo tempo um grande desafio. Tivemos muitos momentos marcantes ao longo destes anos, como a visita ao Papa João Paulo II acompanhados dos nossos filhos, a nossa Peregrinação à Terra Santa… Claro que a nossa viagem a Cabo Verde e a Moçambique, logo a seguir ao casamento, foram inesquecíveis."
Tal como o marido, D. Isabel sente-se muito grata pela vida familiar que tem construído. " Tem sido uma vida cheia de aventuras, alegrias e desafios. Tenho a sorte de ter encontrado uma pessoa com quem me entendo tão bem, com quem partilho tantas coisas e com quem tenho tantos interesses em comum… Somos muito companheiros e temos a sorte de já nos conhecermos há muito tempo. Sempre partilhámos uma amizade muito profunda. Claro que para esta felicidade, termos três filhos maravilhosos, que são crianças muito boas e alegres, também é muito importante. Não posso pedir mais nada na vida", afirmou D. Isabel em Maio de 2007.
Representantes da Casa Real Portuguesa, os duques de Bragança têm conciliado na perfeição o seu papel de pais com as suas restantes obrigações. Não obstante a exigência da tarefa, a cumplicidade e a ajuda mútua parecem ser a estratégia usada pelo casal para equilibrar a vida pessoal com a pública, como explicou D. Duarte: " Tem sido difícil conciliar o nosso papel de pais e educadores com os numerosos convites e compromissos de trabalho que temos. Por isso, frequentemente dividimos estas obrigações entre nós os dois."
Apesar de terem uma agenda oficial muito preenchida, nas quais se destaca a associação a diversas obras de solidariedade social, os duques de Bragança têm na educação dos três filhos a sua grande prioridade. Transmitir-lhes os valores católicos e de amor à pátria numa sociedade cada vez mais individualista tem sido um desafio para o casal, como partilhou D. Duarte: " Estou convencido de que a família deve ser como uma fortificação dentro da qual se podem proteger e cultivar os valores espirituais e as relações humanas de modo inteligente e positivo. Sempre foi assim, mas actualmente as casas parecem ter uma porta aberta para as piores porcarias da nossa época: a televisão e, agora, a internet. Mas sobretudo a televisão consegue impor os contravalores, as atitudes mais negativas contra a família e a cultura em geral. É fundamental saber mantê-la fechada como se mantém a porta que dá para a rua, só se abre para deixar entrar quem nós queremos."
Menos acutilante, mas igualmente convicta, D. Isabel de Bragança também reforça a importância de passar estes valores, que considera " perenes", aos filhos, como nos explicou em Março: " Tenho muito clara a ideia da sorte que tenho em ter encontrado o meu marido e de ter os filhos que tenho. É uma bênção muito grande e agradeço-a todos os dias. E tenho a responsabilidade, juntamente com o meu marido, de saber que estamos a influenciar três pessoas. E queremos fazê-lo da melhor maneira, porque estamos a passar-lhes valores perenes, como católicos, como portugueses…Um dia, vou pensar no que fiz ou deixei de fazer para que os meus filhos também se sintam pessoas realizadas, capazes… Por isso, ainda tenho muito que aprender para poder ensiná-los." Durante esta semana de comemorações, os duques de Bragança vão acompanhar toda a visita de Bento XVI a Portugal. Querendo mostrar ao Papa todo o seu apreço, os representantes da Casa Real Portuguesa vão oferecer-lhe uma edição limitada de uma peça de Nossa Senhora do Rosário. Por Lisboa, Fátima e Porto, D. Isabel e D. Duarte vão assim poder celebrar e agradecer mais um ano juntos com aquele que os orienta na fé, a mesma que os tem guiado ao longo das suas vidas e, em particular, destes 15 anos de casamento.
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