– As pessoas têm muita curiosidade em relação a vocês, por isso, começaremos pelo mais óbvio: William, onde é que se declarou, quando e como? E Kate, o que é que lhe disse?
William – Foi há três semanas durante umas férias no Quénia. Estávamos a desfrutar de uns dias com uns amigos e decidi que era o momento apropriado. Já tínhamos falado em casamento, por isso, não foi uma grande surpresa. Levei-a a um lugar bonito e pedia-a em casamento.
Kate – Foi romântico, é um verdadeiro romântico. Claro que lhe disse que sim.
– Sabia que iria fazer isto desde o início das férias ou esperou pelo final?
William – Já o tinha planeado há algum tempo, mas como qualquer homem, precisei de uma certa motivação para fazê-lo. Em África encontrei o momento adequado e o ambiente ideal para mostrar o meu lado romântico.
– Kate, estava à espera? Ficou nervosa?
Kate – Não, estávamos com amigos, por isso não estava à espera. Foi um verdadeiro choque e emocionei-me muito.
– Recebeu um anel?
Kate – Sim.
William – Sim, tinha-o comigo há semanas dentro de uma mochila e sempre me assegurei de que não o perdia, pois teria um grande problema. Mas, tal como planeado, correu bem. Ouvimos muitas histórias sobre momentos desses que correm horrivelmente mal, mas o nosso saiu muito bem e fiquei muito contente quando ela me disse que sim.
– É um anel familiar?
William – Sim, é o anel de noivado da minha mãe. Pensei que era muito bonito porque ela não pode estar aqui para partilhar esta emoção connosco. É a minha maneira de tê-la aqui.
– Que espécie de anel é? É um perito nesse assunto?
William – Não, não sou um perito. Informaram-me de que é um safira com alguns diamantes e tenho a certeza de que todos se recordarão dele.
Kate – É bonito.
– Há que dizer que ambos perecem muito felizes e tranquilos…
William – Estamos. Somos como dois patos, muito tranquilos à superfície, mas irrequietos debaixo de água. Foi muito emocionante. Falámos sobre isto durante muito tempo e é um alívio dizê-lo a todos. As últimas três semanas foram especialmente difíceis, sem podermos partilhar com ninguém. É muito bonito poder partilhá-lo com todo o mundo.
– Mantiveram o segredo durante algum tempo. Como reagiram as vossas famílias?
William – Não sabia se o dizia primeiro ao pai da Kate e comecei a pensar que diria que não. Assim, pensei que se lhe pedisse primeiro a ela, ele não podia recusar. Falei com o Mike pouco tempo depois e tudo aconteceu a partir daí.
– Kate, o que disse a sua mãe?
Kate – Suponho que, como todas as mães, ficou absolutamente nas nuvens. Foi uma situação um pouco estranha, porque eu sabia que o William já tinha falado com o meu pai, mas não se a minha mãe já sabia. Regressei da Escócia e a minha mãe não me quis dizer se já sabia, olhávamos uma para a outra sem dizer nada. Está muito feliz por nós.
– É muito evidente que tem uma relação muito estreita com a sua família e que a família é muito importante para si.
Kate – Sim, é muito importante para mim e espero que possamos ter uma família assim, porque têm sido geniais ao longo dos anos, ajudando-me nos momentos difíceis. Significam muito para mim.
– Todos querem fazer-lhes uma pergunta óbvia: Querem ter muitos filhos?
William – Primeiro o casamento e depois, quem sabe, falaremos de filhos. Mas obviamente que queremos formar uma família, por isso devemos começar a pensar nisso.
– Quando se conheceram o que pensaram?
William – Foi há muito tempo. Conhecemo-nos na universidade de St. Andrews e primeiro fomos amigos durante um ano. Passávamos muito tempo juntos, divertíamo-nos juntos e demo-nos conta de que partilhávamos interesses. Tem um sentido de humor muito travesso, o que me ajuda imenso, já que sou muito seco. Rimo-nos muito juntos.
– Kate, o que pensou sobre William? É claro que não é como conhecer outro universitário qualquer ou será que é? Qual foi a sua primeira impressão?
Kate – Creio que corei muito quando o conheci. Na realidade, William não estava lá há muito tempo, não tinha estado na Freshers Week (semana em que se conhecem os novos estudantes). Demorámos algum tempo a conhecer-nos, mas tornámo-nos amigos íntimos muito rapidamente.
– Dizem que tinha uma foto sua na parede do quarto…
William – Não era só uma, eram 10 ou 20.
Kate – Ele gostaria, mas não. Tinha o rapaz da Levi’s na minha parede, não uma foto do William. Sinto muito…
William – Era eu com umas Levi’s.
– Acabaram a viver no mesmo apartamento. Isso aconteceu antes de começarem a sair?
William – Não, fomos viver juntos como amigos e com mais duas outras pessoas e foi aí que tudo começou. Passávamos mais tempo juntos…
Kate – Gostas dos meus cozinhados?
William – Cozinhas bem, melhoraste muito.
– O William cozinhava? Era útil em casa?
William – Define ‘útil’, Tom.
Kate – Sim, cozinhava para mim na universidade e sempre com um pouco de angústia e raiva quando algo saia mal e eu tinha se solucioná-lo.
– Honestamente, é uma habilidade que melhorou com o tempo?
William – Direi que melhorei muito, mas a Kate dirá que piorei.
Kate – Tão pouco lhe dei oportunidades para praticar.
William – Não, é certo. Quando volto do trabalho , meter-me na cozinha é o que menos me apetece. Mas quando queria impressionar a Kate tentei fazer jantares alucinantes e maravilhosos, mas o que acontecia é que alguma coisa saía sempre queimada ou entornada e ela tentava ajudar e, basicamente, tomava o controlo da situação.
– Era um pouco incómodo para os vossos colegas de apartamento, ou não?
William – Sinceramente, eles já estavam habituados e ver-me assim e achavam muito divertido.
– Mas, estando ambos no mesmo apartamento, não disseram nada?
William – Ao início ficaram um pouco surpreendidos, mas depois perceberam que era algo muito bonito e divertido e que nos dávamos muito bem. Eram ótimos amigos e divertíamo-nos muito com eles também.
– Muita gente quererá saber sobre a vossa primeira reunião com as vossas famílias. Uma situação pouco habitual no caso da Kate. Com que impressão ficou da família de William?
Kate – Estava muito nervosa por conhecer o pai de William, mas é uma pessoa muito agradável e amável. Não poderia ter sido mais fácil para mim.
– E como foi conhecer a rainha? Não é como conhecer outra avó qualquer. Também estava nervosa?
Kate – Conheci-a no casamento de Peter e Autumn entre muitos outros convidados e foi muito amável comigo.
William – Recebeu-a muito bem, sabia que era um dia muito importante para o Peter e para a Autumn, mas já queria conhecer a Kate há muito tempo. Foi muito amável ao aproximar-se e conversar um pouco com ela.
– É claro que estão muito orgulhosos das vossas famílias…
William – Definitivamente. Como sabe, a Kate tem uma família muito unida e apoiaram-nos muito. Michael e Carole receberam-me de braços abertos, fazendo-me sentir parte da família. Espero que a Ket sinta o mesmo em relação à minha família.
– As pessoas querem saber o que aconteceu quando terminaram a universidade e se separaram, como publicou a Imprensa. O que aconteceu realmente?
William – Para ser sincero, eu não acreditaria em tudo o que diz a Imprensa. Nesse momento específico, é verdade que estivemos separados durante um tempo, mas éramos os dois jovens, estávamos na universidade, à procura do nosso espaço. Estávamos a tentar encontrar o nosso caminho , crescendo e necessitando do nosso próprio espaço e foi o melhor para ambos.
Kate – Esse momento não me deixou muito feliz, mas fez-me mais forte e descobrir coisas sobre mim própria que não sabia. Penso que uma relação pode consumir-nos quando somos jovens e dou muito valor a essa altura, apesar de nessa altura não pensar assim.
– Sempre soube que queria casar-se, aconteceu pouco a pouco ou decidiu há duas semanas? Há muito tempo que as pessoas assumiram que haveria casamento. Quando é que o planeou?
William – Quando conheci a Kate percebi que ela tinha algo de especial e isso era algo que eu queria explorar. Fomos apenas amigos durante muito tempo e penso que isso foi fundamental e vantajoso. Ao longo dos anos as coisas melhoraram, mas tivemos que superar vários obstáculos como qualquer outro casal, mas superámos e seguimos em frente. Conhecermo-nos primeiro como amigos tornou tudo mais fácil e divertimo-nos muito juntos.
– Kate, obviamente que se sentiu incomodada com o facto de quando se separaram todos os vossos amigos virem falar sobre o assunto…
Kate – Bom, acredito que se sais com alguém durante muito tempo consegues conhecer essa pessoa muito bem, atravessas bons e maus momentos, tanto pessoalmente como na relação.
– Precisou do seu tempo. Alguma vez desejou que ele…?
Kate – Tivemos as nossas conversas, mas creio que foi…
William – Falámos sobre o dia de hoje durante algum tempo, que aconteceria assim que Kate estivesse preparada, planeámos durante cerca de um ano, só teríamos de encontrar o momento certo. Eu tinha a minha carreira militar e queria concentrar-me em voar e não podia ter feito isto se ainda me estivesse a preparar. Assim que pude livrar-me disso e Kate está num bom momento em termos de trabalho, ambos decidimos que agora era um bom momento.
– Vai fazer parte de uma família real com grande tradição. A mãe de William foi uma personalidade muito relevante, um ícone, a figura máxima da nossa época. Isso preocupa-os? Intimida-os? Pensam muito sobre isso, a Kate em particular?
Kate – Obviamente, eu teria gostado muito dela se a tivesse conhecido e claro que era uma mulher inspiradora, digna de admiração. Como é lógico e conforme foram passando os dias, percebi que é uma família maravilhosa e todos os membros que conheci foram muito inspiradores para mim.
William – Não existe pressão, porque, como a Kate disse, isto é como esculpir o nosso próprio futuro. Ninguém está a tentar colocar-se na pele da minha mãe, o que ela fez é fantástico. A ideia é criar o nosso próprio futuro, o nosso destino e Kate fará um bom trabalho.
– A vossa vida é do domínio público e algo de que não poderão fugir. William, é muito protetor em relação a Kate?
William – Num sentido amplo da palavra, sim. Quero que ela e a sua família saibam que terão os melhores conselhos e a oportunidade de ver como tem sido a nossa vida e como está a ser. Isto era o que eu estava à espera e quis dar-lhe a oportunidade de vivê-lo e de poder retirar-se antes se considerasse que tudo isto era demasiado. Tento aprender com as lições do passado e quis dar-lhe a oportunidade de ver o que acontece do outro lado.
Kate – Estou feliz por ter tido tempo para amadurecer e aprender a compreender-me melhor e assim poder fazer um bom trabalho.
– Kate, as pessoas são críticas consigo, em relação ao seu trabalho… Essas críticas magoam-na? Como gostaria de responder às pessoas que dizem essas coisas?
Kate – Bom, eu sei que tenho trabalhado muito no negócio da minha família. Por vezes, penso que se eu sei que estou a trabalhar duro e me esforço, pois penso que todas as pessoas com quem trabalho podem ver o meu esforço e o que ocorre verdadeiramente.
– Têm dito que a sua família é muito unida. Incomoda-se com o que dizem ou deixa que lha caia tudo sobre as costas uma vez que vai ter que viver com isso?
Kate – De novo, creio que as pessoas que nos rodeiam e que nos apoiam são as que importam, os nossos amigos íntimos e a nossa família mais próxima. Penso que se eles sentem que estamos a agir bem, só temos que nos sentir honrados connosco próprios e ignorar muito do que se diz. Obviamente que temos de captar alguns sinais, mas temos que ser nós próprios e é isso que faço.
– O casamento é um grande acontecimento para qualquer pessoa, mas o vosso será um acontecimento público. Emocionados ou assustados?
William – Muito emocionados e bastante mais felizes quando esta entrevista tiver acabado. Bem, não, estamos tremendamente emocionados e esperamos passar o resto das nossas vidas juntos e ver o que nos reserva o futuro.
– Kate, teve muito tempo para pensar neste momento…
Kate – Obviamente que é stressante. Tentarei aprender rápido e trabalharei muito.