O filho mais velho de D.
Duarte e D.
Isabel de Bragança,
Afonso, foi estudar para um colégio interno em Inglaterra no início deste ano letivo, em princípios de setembro, e só no final de outubro, por ocasião das férias de Halloween, voltou a casa. Uma curta pausa nas aulas que proporcionou uma alegria imensa a toda a família, pois tanto para o adolescente de 14 anos como para os seus pais e irmãos,
Maria Francisca, de 13, e
Dinis, de quase 11, a distância e as saudades que dela advêm têm sido difíceis de suportar. E para assinalarem de uma forma especial esta estada do filho mais velho na sua casa de S. Pedro de Sintra, os duques tinham à sua espera uma agradável surpresa: retratos dele e dos irmãos, da autoria da jovem pintora
Mariana Posser de Andrade Alves do Rio. Três quadros a lápis de cor sobre papel em que os infantes aparecem sentados em cadeiras clássicas e com uma pose algo formal, mas que conseguem um toque de jovialidade e leveza graças ao fundo branco e à roupa
casual escolhida: os dois rapazes de
jeans e pólos brancos, ela também de
jeans e com uma túnica fluida igualmente branca.
Graças a este retrato, que terá sem dúvida destaque numa parede da casa paterna, a ausência de Afonso será um pouco atenuada. De qualquer forma, a ida do jovem para Inglaterra, longamente ponderada, teve como principal objetivo proporcionar-lhe outro tipo de formação académica e uma experiência pessoal única e irrepetível, e é com esse espírito positivo que está a ser encarada por todos.
Naturalmente, à decisão de D. Duarte e D. Isabel – que sempre foram pais muito presentes na educação dos filhos e nunca se tinham separado tanto tempo de nenhum deles – de mandarem Afonso para um colégio interno fora de Portugal, não foi alheio o facto deste ser o seu filho primogénito.
Como pretendente ao trono de Portugal, D. Duarte tem em Afonso, príncipe da Beira, o seu sucessor. E isso implica a consciência de que o jovem tem de receber a melhor das preparações para o papel que o pai e os monárquicos que o apoiam ambicionam para ele: o de rei.
E se nos primeiros anos de vida, em que era fundamental dar-lhe as bases de afeto necessárias para uma personalidade equilibrada e transmitir-lhe os grandes valores da família os duques quiseram tê-lo perto deles, agora, que já entrou na adolescência, sabem que é importante que ele alargue horizontes, que conheça outros modos de vida, que adquira um inglês mais fluente e que aprenda a resolver sozinho alguns problemas do quotidiano, de forma a tornar-se mais independente e maduro. Naturalmente, e para assegurar a melhor continuidade do seu projeto educativo, o colégio que escolheram é católico.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.