Amazona dedicada e talentosa, mas, sobretudo, jovem, elegante, bonita e famosa,
Charlotte Casiraghi, de 24 anos, foi escolhida pela Gucci para sua embaixadora nas provas hípicas em que participa. Uma excelente aposta, como se comprovou no concurso internacional Gucci Masters (disputado no âmbito do Salon du Cheval de Paris, que decorreu de 3 a 12 de dezembro), em que a filha da princesa
Carolina do Mónaco compareceu a todas as provas e eventos sempre vestida pela marca italiana e esteve no centro de todas as atenções – além de ter conseguido um quarto lugar.
Mostrando bastante profissionalismo nestas ocasiões, Charlotte aposta em visuais
clean discretos, aos quais dá um toque de feminilidade graças aos acessórios. Foi o caso no primeiro dia, em chegou ao hipódromo com um blêizer preto,
jeans cinzentos escuros e camisola branco marfim decotada,
look em que se destacava apenas a belíssima gargantilha de diamantes que usou. E o mesmo se passou quando trocou de roupa para entrar em prova, aparecendo com um irrepreensível conjunto de cavaleira de calças pretas e blêizer antracite, no qual sobressaía um lenço ao pescoço preso em forma de laço.
No último dia, para a cerimónia de entrega dos prémios, Charlotte optou de novo pelas calças com blêizer, num conjunto em tom caqui num tecido acetinado que lhe dava um visual casual chique muito contemporâneo.
Apaixonada por cavalos, Charlotte Casiraghi começou a montar com 14 anos e, desde então, foram muitas as vezes que a vimos em concursos hípicos, quase sempre com a mãe por perto, pois Carolina apoiou a cem por cento a aposta da filha no mundo do hipismo. Agora, dez anos depois, a jovem retribuiu o apoio da mãe, criando uma nova prova no âmbito do Gucci Masters, a que deu o nome de Estilo & Competição, e doou a verba obtida – 160 mil euros – à AMADE – Association Mondiale des Amis de L’Enfance, instituição criada em 1973 pela sua avó materna, a princesa
Grace, e que é presidida por Carolina desde 1993. Esta recebeu com visível orgulho na filha o cheque com essa verba, que será utilizada para a construção de uma escola em Ganguel, no Niger, onde 50 por cento das crianças não são alfabetizadas.
Durante a adolescência, Charlotte dedicou grande parte dos seus tempos livres à equitação, mas dos 19 aos 23 anos fez um interregno nesta atividade, para investir de alma e coração nos estudos – tirou o curso de Filosofia na universidade da Sorbonne, em Paris -, e chegou a pensar-se que a sua carreira de amazona teria chegado ao fim. Engano, pois a filha da princesa Carolina do Mónaco e do falecido
Stefano Casiraghi diz que não pode imaginar a vida sem os cavalos e, em abril de 2009, regressou à equitação ainda com mais empenho, anunciando em junho seguinte que iria disputar o Global Champions Tour. Este anúncio – o seu primeiro discurso em público – foi feito perante as câmaras da cadeia de televisão francesa Stade 2, tendo a seu lado o tio,
Alberto II do Mónaco, também ele um apoiante desta sua paixão. A partir daí, Charlotte passaria a dedicar de novo uma grande parte do seu tempo ao universo hípico, ora a trabalhar com o seu treinador de sempre,
Thierry Rozier, ora em concursos que a têm levado a hipódromos de vários países, entre os quais os portugueses.
Com a criação do troféu Estilo & Competição, Charlotte conseguiu, ainda, associar à equitação outro dos seus grandes interesses: a moda. Como explicou, aliás, numa entrevista exclusiva que deu, durante o Gucci Masters, à revista espanhola
Hola!:
"Considero que o estilo é muito importante no hipismo. Praticamos um desporto de elegância; cuidar de nós próprios e do cavalo que montamos exige disciplina, qualidade indispensável para quem pratica este desporto."
Nessa mesma entrevista, Charlotte explica, também, que uma das coisas que a atrai no hipismo é o facto de ser um desporto que ensina quem o pratica a ser humilde e a perceber
"que é impossível ser sempre o primeiro".
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.