A rainha Fabíola da Bélgica criou uma fundação para garantir que o seu património é distribuído segundo a sua vontade, depois da sua morte. A monarca e o marido, o rei Balduíno I que morreu em 1993, não tiveram filhos e o objetivo é que, pelo menos uma parte dos seus bens, sejam herdados pelos seus sobrinhos.
A rainha de origem espanhola recebe um subsídio anual, que foi no ano passado de 1,4 milhões de euros e por isso a criação da fundação criou contestação entre a classe política. “Está envolvido dinheiro público”, justificou o líder político de centro-direita Charles Michel ao diário LeSoir para exigir o debate no parlamento da questão.
Não tendo filhos, depois da sua morte, 70% dos seus bens iriam tornar-se património do Estado. Uma questão que fica resolvida com a criação da fundação Fons Pereans para gerir a sua fortuna, cujo conselho de administração da fundação conta com a rainha e mais oito membros.
Nos estatutos da fundação estão definidos os seguintes objetivos: apoiar economicamente a família da rainha Fabíola (por um período limitado de tempo e sob condições que o justifiquem), promover as conquistas históricas e culturais dos reis Balduíno e Fabíola, apoiar a fundação Astrida, fundada pelo rei pouco antes da sua morte, e colaborar com várias instituições católicas.
Fabíola da Bélgica cria fundação para proteger a sua fortuna
A monarca, de 84 anos, resolveu precaver que os seus desejos serão cumpridos postumamente.