Foi precisamente no dia em que a casa real britânica anunciou que William e Kate esperavam o primeiro filho que o governo britânico recebeu a aprovação final de todas as nações da Commonwealth (que têm Isabel II como chefe de Estado) para a alteração à lei da sucessão. Esta passaria a ser determinada pela ordem de nascimento, independentemente do sexo do bebé. A proposta de lei do governo britânico incluía ainda o fim da medida que proíbe um monarca de se casar com uma pessoa pertencente à igreja católica apostólica romana sem ter de renunciar à coroa (a rainha Isabel II é, recorde-se, a chefe da igreja anglicana, que, sendo católica, não equivale à católica apostólica romana).
A proposta vai ainda ser votada no parlamento e esta semana soube-se que, apesar de concordar que o primeiro filho dos duques de Cambridge deverá ser o sucessor do pai, o príncipe Carlos terá manifestado algumas preocupações relativas às consequências destas alterações na lei. Num encontro privado com o secretário permanente do Gabinete do Governo Richard Heaton, o príncipe terá emitido, conta uma fonte próxima, várias dúvidas, nomeadamente sobre a questão da religião, já que hipoteticamente poderia trazer situações delicadas, como a de um futuro herdeiro educado fora da religião de cuja igreja deveria ser mais tarde o legítimo chefe. Outra das suas dúvidas prende-se com a possibilidade de a alteração da lei da sucessão poder ter implicações indiretas nos vários títulos que são hoje transmitidos por via masculina.
Tudo indica que as alterações à lei deverão ir para a frente, mas fica a dúvida se as reservas do príncipe não trarão a necessidade de algumas correções.
Príncipe Carlos preocupado com a nova lei da sucessão
Independentemente do seu sexo, o filho de William e Kate (à esq.) deverá ser o legítimo sucessor do pai, de acordo com a proposta de alteração da lei da sucessão. Foi o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que anunciou as mudanças na lei que, sabe-se agora, trazem algumas preocupações ao príncipe Carlos.
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