O juiz responsável pelo caso Nóos, José Castro, advertiu hoje que penhorará os bens de Iñaki Urdangarín e do seu ex-sócio, Diego Torres, se estes não pagarem a fiança de 8,1 milhões de euros. “Proceder-se-á ao embargo dos seus bens em quantidade suficiente para cobrir a fiança que ficará completa com a totalidade dos seus patrimónios”, pode ler-se no documento, a que a agência Efe teve acesso.
Castro admitiu que a fiança será prestada “em qualquer das formas admitidas em direito” e que, dada a quantia elevada, alarga o prazo para apresentá-la nos cinco dias úteis a contar “desde o dia seguinte à notificação da presente resolução”, que poderá ser objeto de recurso.
Além disso, o magistrado ordenou que se faça uma compilação do registo criminal do duque de Palma e do ex-sócio ou que provem a ausência do mesmo. Por último, José Castro decidiu acrescentar uma cópia das declarações feitas sobre o processo aos meios de comunicação pelo ex-presidente balear Jaume Matas.
No documento de 542 páginas, o juiz decidiu ainda fixar a fiança para cobrir possíveis responsabilidades pecuniárias que se possam declarar contra si no processo em que se investiga o alegado desvio de 6,1 milhões das administrações regionais de Baleares e Valência entre 2004 e 2007, através do Instituto Nóos. O valor de 8,1 milhões de euros foi solicitado pela acusação anticorrupção e pela acusação do sindicato Mãos Limpas, apesar do tribunal da comunidade autónoma das Baleares ter proposto uma caução de 2,4 milhões de euros.
Juiz penhorará bens de Inãki Urdangarín se este não pagar fiança de 8,1 milhões de euros
No âmbito do caso Nóos.