A infanta Cristina de Espanha foi indiciada pelo tráfico de influências no âmbito do caso Nóos. A decisão foi tomada pelo juiz José Castro, que deverá ouvir as declarações da mulher de Iñaki Urdangarín no próximo dia 27 de abril. Os últimos e-mails apresentados pelo ex-sócio do duque de Palma, Diego Torres, terão colocado a infanta numa situação comprometedora. Carlos García Revenga, secretário das infantas há mais de vinte anos e tesoureiro do Instituto Nóos durante a presidência de Urdangarín, foi indiciado e chamado a depôr perante o tribunal de Palma de Maiorca. “Enquanto tesoureiro do Instituto Nóos, nunca tive assinatura autorizada nas suas contas, nem poder de decisão na gestão das mesmas na sua contabilidade. E, de nenhuma forma, direta ou indiretamente, recebi qualquer tipo de remuneração ou benefício”, pode ler-se num comunicado enviado a vários meios de comunicação.
Segundo fontes judiciais, a indiciação da infanta Cristina não seria concretizada até que Diego Torres apresentasse uma prova irrefutável contra ela. Além disso, o Ministério Público não viu nenhum indício contra a filha mais nova dos reis Juan Carlos e Sofía, já que nos últimos documentos apresentados por Torres, não havia uma suposta intervenção da infanta nos assuntos do marido.
A ser verdade, a infanta Cristina poderá desligar-se voluntariamente da causa monárquica, de forma a manter a estabilidade da família e não prejudicar mais a casa real. No entanto, o porta-voz da Casa do Rei negou recentemente que tenha existido qualquer pressão para que Cristina renunciasse aos seus direitos familiares ou se divorciasse de Iñaki Urdangarín.
Infanta Cristina indiciada no âmbito do caso Nóos
A mulher de Iñaki Urdangarín deverá prestar declarações por tráfico de influências no próximo dia 27 de abril.