José Castro, o juiz instrutor do caso Nóos decidiu ontem, dia 5 de abril, suspender a citação feita à infanta Cristina para declarar no caso de fraude que envolve o marido, Iñaki Urdangarin, e o seu ex-sócio, Diego Torres, no próximo dia 27 de abril.
A decisão foi tomada depois de o procurador Pedro Horrach ter apresentado um recurso e considerado “discriminatório” acusar a infanta Cristina com as provas existentes – os emails entregues à justiça por Diego Torres – uma vez que estas não acrescentam indícios incriminatórios que justifiquem incriminar a filha do rei Juan Carlos.
O procurador recorda que “o auto que se está a impugnar se baseia essencialmente nos mesmos factos que a acusação para solicitar a imputação e que foram considerados inconsistentes e débeis tanto pelo juiz instrutor, em Março de 2012, como pela Audiência Provincial, em Julho de 2012”. Pedro Horrach afirma que “não consegue perceber por que é que só uns meses mais tarde” se usam os mesmos factos e dados para apoiar uma conclusão contrária.
O juiz José Castro quis chamar a infanta Cristina a depor na qualidade de arguida para “dissipar qualquer sombra de suspeita” que possa pairar sobre a filha do rei numa altura em que o processo de instrução do caso Nóos se aproxima do fim.
A indiciação da infanta Cristina fica suspensa até que a Audiência Provincial se pronuncie acerca do recurso de Pedro Horrach para que esteja seja anulada.
Juiz suspende audição da infanta Cristina no âmbito do caso Nóos
A filha do Rei não irá a tribunal no próximo dia 27 de abril.