Maria Del Carmen Cerruti, Jorge Zorreguieta, Máxima e Guilherme da Holanda
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Tal como aconteceu no dia
do seu casamento com o príncipe Guilherme
da Holanda, os pais da princesa Máxima da
Holanda não marcarão presença na cerimónia de coroação que acontece já na
terça-feira, dia 30. Jorge Zorreguieta
e Maria Del Carmen Cerruti
acompanharão pela televisão os acontecimentos do dia em que a sua filha se
tornará rainha da Holanda.
“Foi uma decisão tomada entre todos. Se o
meu pai não assistiu ao nosso casamento, agora que se trata de uma cerimónia de
Estado, faz ainda menos sentido. Era evidente que o meu pai não viria. Não virá
ninguém da minha família. A coroação é um momento institucional. Em 2002 foram
assinados acordos [o governo decidiu que a família da princesa só
participaria em celebrações privadas] e o
meu pai não tem que estar presente. No casamento, a sua ausência foi muito
dolorosa para mim, mas nesta ocasião, em que o meu marido se tornará rei, é
muito diferente. Emocionalmente, um casamento é muito diferente de uma coroação”,
afirmou Máxima da Holanda no passado dia 17, na última grande entrevista
concedida antes de subir ao trono ao lado de Guilherme.
Recorde-se que, em 2002, para se poder casar com Guilherme da Holanda, a economista argentina Máxima
Zorreguieta, então com 27 anos, não teve apenas que renunciar à sua
nacionalidade e ao seu cargo de vice-presidente de vendas institucionais no
Deutsche Bank em Nova Iorque. Para autorizar esta união, o Parlamento dos
Países Baixos impôs à noiva do seu futuro rei um sacrifício bastante mais
doloroso: que prescindisse da presença do pai no dia do seu casamento. Não por
este ser estrangeiro ou plebeu, mas porque, entre 1976 e 1983, Jorge
Zorreguieta foi ministro da Agricultura do seu país, então sob a
ditadura militar do presidente Jorge Rafael Videla, acusado de
graves violações dos direitos humanos.
A CARAS acompanhará em direto a coroação
do príncipe Guilherme da Holanda. Acompanhe todos os pormenores em www.caras.pt.
