O tribunal central de Palma de Maiorca anulou a imputação da infanta Cristina, por considerar que não existem provas suficientes para que esta se torne testemunha no caso de corrupção que envolve o marido, Iñaki Urdangarín.
A decisão foi anunciada esta terça-feira numa sessão à porta fechada. A data para o depoimento chegou mesmo a ser marcada para o dia 27 de abril, mas o juiz José Castro acabou por aceitar o recurso apresentado pela defesa da infanta e foi de encontro à tese do departamento jurídico do Ministério da Justiça e da Procuradoria-Geral espanhola, que defendia que Cristina não devia depor. Podem, contudo, vir a ser solicitadas esclarecimentos no processo, o que poderá inverter esta decisão.
O escândalo afetou profundamente a imagem da monarquia espanhola. Os duques de Palma de Maiorca foram afastados dos atos oficiais e o rei Juan Carlos chegou mesmo a dizer que a Casa Real é constituída apenas por ele e a rainha Sofia, o seu herdeiro Felipe e a família deste, Letizia e as infantas Leonor e Sofia.
Tribunal anula imputação da infanta Cristina no caso Nóos
A filha do rei Juan Carlos não vai testemunhar no caso em que o marido, Iñaki Urdangarín, está implicado por falta de provas.