Paróquia da família real sueca e dos seus funcionários, a capela do Palácio Real de Estocolmo, exuberante exemplar do estilo barroco, acolheu no passado dia 19 de maio a proclamação dos banhos – intenção de casamento – de Madalena Teresa Amélia Josefina Bernadotte, de 30 anos, e de Christopher Paul O’Neill, de 38. E porque a dita Madalena é filha dos reis Carlos Gustavo e Sílvia da Suécia, a cerimónia religiosa que a unirá ao financeiro nova-iorquino será, também ela, celebrada naquele templo, no próximo dia 8, a partir das 16h00. Um casamento que, apesar de não ter a pompa que teve o da princesa herdeira, Victoria, com Daniel Westling, em junho de 2010, reunirá, ainda assim, alguns representantes das famílias reais europeias, entre os quais os príncipes Frederico e Joaquim da Dinamarca com as respetivas mulheres, Mary e Marie, Haakon e Mette-Maritt da Noruega ou Sophie e Eduardo de Inglaterra, aos quais se juntarão certamente alguns elementos da alta finança nova-iorquina.
Terminada a celebração, que será presidida pelo arcebispo emérito de Estocolmo, Lars-Göran Lönnermark, os noivos farão o percurso entre o palácio de Estocolmo e o embarcadouro da ilha de Riddarholmen no Landau das Lanternas de Prata, o que permitirá aos súbditos suecos vê-los de perto e felicitá-los. Chegados àquela ilha, seguirão a bordo de uma barcaça real até à ilha de Lovön, onde se situa o Palácio de Drottningholm, o imponente edifício setecentista, Património Universal da UNESCO, onde os reis residem desde 1981 e onde Madalena nasceu e cresceu, e que será cenário do banquete nupcial, servido por Stefano Catenacci, prestigiado chef que também confecionou o de Victoria.
Mantido no segredo dos deuses está, naturalmente, o vestido da noiva. Especula-se, ainda assim, que a escolha possa ter recaído sobre Valentino, um dos criadores de eleição de Madalena, que deverá levar o véu que desde 1857 todas as princesas da dinastia Bernadotte têm usado, e, a prendê-lo, talvez opte pela mesma joia que a mãe e a irmã usaram nos seus casamentos, a Tiara dos Camafeus, que pertenceu à mulher de Napoleão Bonaparte e sua antepassada, a imperatriz Josefina.
Depois de casados, Madalena e Chris vão continuar a viver em Nova Iorque, onde se conheceram em finais de 2010, pouco tempo depois de a princesa se ter refugiado naquela cidade para esquecer o desastre que foi a sua anterior história de amor – recorde-se que em agosto de 2009 foi anunciado o noivado da princesa com o advogado Jonas Bergström, com quem namorou sete anos, mas que em abril de 2010 o mesmo foi cancelado, na sequência de uma infidelidade de Bergström. A relação da princesa com o corretor tornou-se pública em janeiro de 2011, quando os dois foram filmados a passear de braço dado no Central Park.
Nascido em Inglaterra, mas também com nacionalidade americana, Chris é filho de Paul O’Neill, falecido em 2004, e de Eva Maria O’Neill, uma conhecida socialite austríaca radicada nos EUA que em tempos terá tido um caso com o príncipe Carlos de Inglaterra. Certamente para evitar ser acusado de desejo de protagonismo, O’Neill rejeitou qualquer título, como divulgou há dias a Casa Real Sueca, adiantando que Madalena continuará em quarto lugar na linha de sucessão ao trono sueco e manterá os títulos de duquesa de Hälsingland e Gästrikland.
Madalena da Suécia e Chris O’Neill: Tudo a postos para um casamento grandioso
A cerimónia realiza-se este sábado, 8 de junho, em Estocolmo.