A Casa real espanhola já comentou o facto da infanta Cristina ter sido indiciada por suspeita de envolvimento no caso Nóos, informação que foi tornada pública esta manhã pelo juiz José Castro. Numa entrevista concedida ao programa Audiencia Aberta, da TVE, Raffael Spottorno, representante da Casa do Rei, expressou “respeito pelas decisões judiciais”. “Há que confiar sempre na justiça, sempre respeitámos as ações do magistrado”, disse, sublinhando que está na altura de encerrar o assunto, depois de ter reiterado que é um “martírio” para a Coroa “mexer neste tema”.
A filha mais nova dos reis Juan Carlos e Sofía é acusada de fraude fiscal e branqueamento de capitais e terá de se apresentar no tribunal de Palma de Maiorca no próximo dia 8 de março.
No auto de 227 páginas divulgado esta manhã, o juiz José Castro explicou que os crimes foram cometidos pela infanta quando era co-proprietária da empresa Aizoon, para onde foram desviados milhões de euros de fundos públicos através do Instituto Nóos, presidido pelo seu marido, Iñaki Urdangarín, entre 2004 e 2007.
O magistrado acrescentou ainda que é necessário “evitar que a incógnita sobre Cristina de Borbón se perpetue”, garantindo que a “justiça é igual para todos”.
Esta é a segunda vez que a infanta Cristina de Espanha é indiciada no processo. Iñaki Urdangarín e o seu ex-sócio, Diego Torres, são acusados de desviar milhões de euros de fundos públicos através do Instituto Nóos.
Casa real espanhola comenta suposta implicação da infanta Cristina no caso Nóos
A acusação da filha dos reis Juan Carlos e Sofía foi tornada pública esta manhã pelo juiz responsável pelo caso, José Castro.