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Depois de ter sido ouvida pelo juiz José Castro no tribunal n.º 3 de Palma de Maiorca durante sete horas, no sábado, a infanta Cristina de Espanha voou para Madrid, onde residem os pais, os reis Juan Carlos e Sofía de Espanha. E foi precisamente na capital espanhola que a infanta passou a noite antes de regressar a Genebra, onde vive desde setembro com os quatro filhos, Juan Valentin, Pablo Nicolás, Miguel e Irene, ontem de manhã. A Casa Real não confirmou, no entanto, se Cristina pernoitou no Palácio da Zarzuela e recusou-se a comentar as suas declarações perante o juiz.
Recorde-se que a filha dos reis de Espanha foi constituída arguida no caso Nóos, em que o marido, Iñaki Urdangarín, responde por seis delitos: prevaricação, fraude, desvio de dinheiros públicos, desfalque, falsificação de documentos e fraude fiscal. Em tribunal, Cristina garantiu que “confiava muito no marido”, desvinculando-se assim das ilegalidades cometidas pela empresa Aizoon, da qual é coproprietária.
Os seus advogados, Miguel Roca e Jesús María Silva mostraram-se “muito satisfeitos” com a declaração da infanta. “Não poderia ter sido melhor”, afirmou Roca, ao que Silva acrescentou: “A infanta não respondeu de forma evasiva. Sua Alteza foi firme e taxativa”.