Os noivos queriam que o seu casamento religioso decorresse longe de olhares curiosos e até o tempo jogou a seu favor: ao anoitecer do dia 1 de fevereiro nevava tão intensamente que mesmo os fotógrafos que se aglomeravam no exterior da igreja românica de S. Nicolas-de-Myre, na pequena aldeia de Rougemont, nos contrafortes dos Alpes Suíços, tiveram dificuldades em obter fotos nítidas. Ainda assim, o resultado desses “disparos” permite perceber que o final de tarde em que Andrea Casiraghi e Tatiana Santo Domingo confirmaram o seu amor perante Deus – pelo civil já estavam casados desde agosto – foi digno de um conto de fadas.
Ricos, bonitos, famosos e assumidamente boémios-chiques, Tatiana e Andrea nunca foram do género comportadinho que respeita as tradições. Por isso mesmo, primeiro foram pais, depois casaram-se, mas apenas pelo civil, numa comemoração com toques de festival de verão hippie que juntou nos jardins do Palácio Grimaldi a família e alguns amigos íntimos. Agora, resolveram proporcionar precisamente o oposto – três dias de festa num idílico cenário, a elitista região de Gstaad – a um leque de 300 convidados que reuniu representantes de muitos nomes sonantes do jet-set internacional: Niarchos, Von Turn und Taxis, Missoni, Brandolini…
Tudo começou a dia 31 de janeiro, no elegante Berghaus Eggli, onde os noivos ofereceram um típico fondue aos convidados mais íntimos. Um jantar que decorreu em clima de despedida de solteiros, com muitos dos presentes (nomeadamente o irmão de Andrea, Pierre) mascarados. Seguiu-se a cerimónia religiosa, para a qual Tatiana e Andrea escolheram um cenário encantador (e cujo aluguer custou apenas 400 euros): construída por monges de Cluny no séc. XI, a igreja de Saint-Nicolas de Rougemont impõe-se pela sua simplicidade austera. E neste dia ficou ainda mais encantadora graças às muitas velas e flores brancas de estilo campestre.
Coube à princesa Carolina, mãe do noivo, levar Andrea ao altar. Quanto a Tatiana, cujo pai morreu em 2009, escolheu o irmão, Julio Mario Santo Domingo III, para a conduzir. Tatiana confiou a Valentino a tarefa de desenhar o vestido de noiva. Consciente do gosto original da cliente, o costureiro criou um vestido aos folhos, em tule de seda e renda de macramé. E porque o clima dos Alpes exigia agasalho, sobre o vestido Tatiana levava, em vez de véu, uma capa com capuz. Quando o retirou, revelou um elaborado apanhado coroado por uma tiara de diamantes que pertenceu à mãe de Rainier, a princesa Charlotte (bisavó de Andrea).
Após a cerimónia, os noivos seguiram numa calèche típica para o famoso Hotel Palace de Gstaad, onde foi servido um jantar, seguido de baile cuja playlist foi elaborada pelo irmão da noiva, que é DJ. No dia seguinte, juntaram-se aos convidados para um brunch de despedida, partindo depois rumo à lua-de-mel.
Quem não terá apreciado esta ideia de ‘ir casar longe’ foram os monegascos. Afinal, teriam gostado de aclamar ao vivo aquele que poderá vir a ser o seu soberano se Alberto não tiver filhos.
As fotos do casamento de Andrea Casiraghi e Tatiana Santo Domingo
Em vez de um véu, Tatiana usou uma capa com capuz
Atlântico Press/G3online/Getty Images/Look Press
Em vez de um véu, Tatiana usou uma capa com capuz
Atlântico Press/G3online/Getty Images/Look Press
A cerimónia religiosa teve lugar no passado dia 1 de fevereiro em Gstaad, na Suíça.