Em 1983, o príncipe William fez história, tornando-se o primeiro bebé da família real inglesa a acompanhar os pais numa visita de Estado. O filho de Carlos e Diana tinha apenas nove meses quando estes fizeram uma viagem de seis semanas à Austrália e a princesa de Gales bateu o pé e disse que só ia na condição de levar o bebé, pois não estava disposta a passar tanto tempo longe dele. Iniciava-se, assim, aquilo a que os jornais ingleses chamaram “diplomacia de fraldas”. Porque apesar de quase não ter sido visto, William esteve no centro de todas as conversas, conquistando mais simpatias para a causa monárquica naquele país da Commonwealth do que qualquer campanha saída da imaginação dos mais talentosos propagandistas políticos.
Isabel II não se esqueceu disso e agora, consciente do poder de sedução do seu bisneto George, de sete meses, não levantou grandes obstáculos quando William e Kate lhe fizeram saber que pretendiam levar o filho com eles na sua próxima viagem oficial, que durará três semanas e terá como destino a Austrália e a vizinha Nova Zelândia.
Apesar de ter tido a tarefa facilitada pela luta que Diana travou há três décadas, a duquesa de Cambridge também deu algumas dores de cabeça aos senhores do protocolo. Decidindo ir mais longe, Kate disse que levava o filho para passar com ele tempo de qualidade e, como tal, deixou bem claro que não dormiria longe dele. Foi assim que os responsáveis pela organização da viagem se viram a braços com a tarefa de planear toda a agenda – que será sobrecarregadíssima – de forma a que, durante estas três semanas a percorrer territórios tão vastos, Kate e William regressem sempre a uma “base” de alojamento. Exceção feita quando forem a South Island e a Uluru, regiões demasiado remotas para permitirem o regresso no mesmo dia. Nessas duas noites, George ficará aos cuidados de uma ama contratada de propósito para esta ocasião, pois em Londres a duquesa só quer uma ama em part-time.
Entretanto, para compensar, Kate já prometeu que George aparecerá em público pelo menos uma vez em cada país.
Seguindo o exemplo de Diana, Kate põe o filho acima dos protocolos
Regressou a “diplomacia de fraldas”: inseparável de George, tal como era Diana em relação aos filhos, Kate quer levar o bebé com ela nas viagens mais longas, como será a que vai fazer à Austrália e Nova Zelândia.