Irrepreensível. Letizia é a imagem do profissionalismo no que toca a representar o seu país, como se observou na recente visita de quatro dias aos Estados Unidos ao lado do marido, o rei Felipe VI, e que coincidiu com a data do 43.º aniversário da rainha espanhola. Ao fim de pouco mais de um ano de reinado (completou-se a 19 de junho), Felipe e Letizia conseguiram projetar a imagem de uma monarquia moderna e renovada, seja através dos atos – o rei tem dado provas inequívocas de que pretende desempenhar o seu papel de forma séria e rigorosa, mesmo que para isso tenha de fazer sacrifícios ao nível dos afetos, como aconteceu quando retirou à irmã Cristina o título de duquesa, na sequência do escândalo desencadeado pela caso Nóos –, seja no que diz respeito à imagem. E os dias que passaram nos Estados Unidos ilustraram-no bem: se Felipe aproveitou para estreitar relações com o presidente Barack Obama e diversas instituições americanas, com vista ao desenvolvimento empresarial e financeiro do seu país, Letizia deu nas vistas pela imagem cuidada e charmosa.
Apostando no seu estilista de eleição, o espanhol Felipe Varela (uma escolha que não é certamente inocente, antes um incentivo à moda do seu país), usou quatro criações dele: o vestido preto e branco com que se destacou na visita à Casa Branca, o modelo preto com transparências que levou à Universidade de Georgetown, onde o marido estudou, a arrojada proposta anos 20 que elegeu para o dia em que esteve em Miami e o vestido em tons de azul com que encerrou a visita, no Fórum Espanha – Estados Unidos. Nina Ricci, Prada, Hugo Boss e Carolina Herrera foram as outras griffes eleitas para esta viagem, durante a qual voltou a afirmar-se como uma rainha com estilo próprio.
Não se pense, no entanto, que o contributo da antiga jornalista se resume à imagem. Prova disso são os elogios que Obama lhe fez em público durante a receção na Casa Branca, com o presidente norte-americano a destacar o trabalho da rainha espanhola como embaixadora da ONU para a agricultura e alimentação. Esta é, aliás, uma causa que une Letizia e Michelle Obama, com quem passou boa parte do seu dia de anos. Durante o encontro na Casa Branca, a primeira-dama americana levou a aniversariante a visitar a horta ecológica que mandou instalar no jardim da propriedade, e as duas tomaram ainda um chá, uma espécie de celebração de aniversário num dia que terminou com uma receção que reuniu espanhóis residentes nos EUA. Os dias seguintes incluíram uma visita ao Instituto Nacional do Cancro e à já referida Universidade de Georgetown, ambos em Washington, e uma ida à Florida, com passagem por Miami, onde Felipe discursou na inauguração de uma escola, e por Saint Augustín, a cidade mais antiga dos EUA, fundada por espanhóis. Uma visita que, tudo indica, deixou nos americanos boa impressão sobre Felipe e Letizia.
Letizia de Espanha: O charme de uma rainha moderna
A imagem de uma monarquia moderna e renovada encontra o seu reflexo na própria Letizia, sempre cuidadosa com o visual.