Iñaki Urdangarín começou a ser interrogado esta sexta-feira, dia 26, no julgamento do caso Nóos, no qual é acusado de fraude fiscal e desvio de dinheiros públicos. As primeiras perguntas do procurador Pedro Horrach centraram-se sobre os empregos falsos da Aizoon, empresa que geria com a mulher, a infanta Cristina, e na qual foram apresentadas despesas domésticas dos antigos duques de Palma.
O ex-jogador de andebol reconheceu que tinham sido contratados trabalhadores que nunca conheceu, mas garantiu que só tomou conhecimento deles quando foi iniciada a investigação judicial, em 2010. Além disso, remeteu toda a responsabilidade para Miguel Tejeiro, assessor fiscal e secretário do Instituto Nóos, do qual Urdangarín foi presidente entre 2003 e 2006. “Eu tinha assessores e, de repente, dei conta que eles já não estavam connosco“, disse, alegando que Tejeiro contratava os trabalhadores “para chegar a um padrão fiscal”.
Pedro Horrach mostrou-lhe assim alguns nomes das pessoas contratadas pela empresa Aizoon que Urdangarín tinha dito não saber quem eram. “Descobri durante este processo outros que realmente não conheci, não sei quem eram”, assegurou.
Questionado sobre o número de empresas sediadas no Instituto Nóos, Iñaki Urdangarín respondeu: “Não sei, muitas, suponho. Cada pessoa especializada que vinha fazer algo ao Instituto Nóos suponho que viria às instalações para trabalhar”, disse.
Recorde-se que a infanta Cristina também está a ser julgada por cumplicidade nos crimes fiscais cometidos pelo marido. Iñaki Urdangarín poderá enfrentar uma pena de prisão entre 19 e 26 anos.
O seu ex-sócio, Diego Torres, que também está sentado no banco dos réus, foi ouvido nos últimos quatro dias, num testemunho que durou quase 27 horas.
Iñaki Urdangarín ouvido pela primeira vez no julgamento do caso Nóos
O marido da infanta Cristina é um dos arguidos no processo e poderá enfrentar uma pena entre 19 e 26 anos de prisão por fraude fiscal e desvio de dinheiros públicos.
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