Se o senso comum defende que “os opostos se atraem”, também é verdade que as afinidades e gostos em comum aproximam duas pessoas. É precisamente o caso de Diana de Cadaval e Charles-Philippe d’Orléans. Apaixonados por História e Literatura, dois dos muitos interesses que partilham, a duquesa de Cadaval e o duque de Anjou estiveram na 86.ª Feira do Livro de Lisboa, onde mostraram à CARAS como conseguem ser, em casa e fora dela, um casal em perfeita sintonia.
– Até aqui vão dar autógrafos ao mesmo tempo. São, de facto, um casal em sintonia…
Diana de Cadaval – Já vim à Feira do Livro várias vezes e adoro. É uma ocasião em que podemos estar com os nossos leitores e ficar a saber o que acharam dos nossos livros. É muito gratificante termos esse feedback.
Charles-Philippe – É a segunda vez que venho e acho que o sucesso desta feira é notável. É muito bom ver que as pessoas gostam de ler e que se interessam por toda esta área. E é ótimo podermos partilhar mais esta atividade.
– Os livros são uma das maiores paixões que têm em comum?
Diana de Cadaval – Sim, partilhamos este gosto pelos livros, pela pesquisa, pela História de Portugal e até pelo património. À medida que vamos escrevendo, trocamos ideias, mas devo confessar que isso acontece mais no final do processo. Temos maneiras distintas de escrever e ambos sabemos muito bem a direção que queremos tomar. Por isso, partilho a minha visão só quando o livro já está bastante encaminhado.
Charles-Philippe – Mas é importante partilharmos opiniões. Fazemo-lo na escrita, tal como em todas as outras áreas das nossas vidas.
– Já escreve há alguns anos e tem quatro livros publicados. Sente-se realizada com o percurso que tem feito na escrita?
Diana de Cadaval – Sim. O meu balanço é muito positivo, porque tenho feito aquilo que realmente gosto, que é ler, pesquisar e escrever. Ainda bem que existem livros, porque enriquecem o nosso dia-a-dia.
– Os seus livros estão relacionados com a História e com as famílias reais. É uma forma de também preservar o legado da sua família?
– De uma certa maneira, sim. É uma forma de apresentar ao meu público parte da História de Portugal, mas de uma maneira mais acessível e leve. O romance torna a leitura mais fácil.
– O seu mais recente livro, Os Conjurados de 1640, aborda um episódio decisivo na História de Portugal. A escolha deste tema é reveladora da sua paixão pelo nosso país…
Charles-Philippe – Sim, mas não preciso de escrever um livro para mostrar a paixão que tenho por Portugal. Gosto muito deste país e acho que tem uma História magnífica.
– A escrita é apenas uma parte das vossas vidas profissionais. Têm conseguido conciliar de forma harmoniosa todos os papéis, profissionais e pessoais?
Diana de Cadaval – O segredo está na organização. Com boa vontade conseguimos fazer tudo.
Charles-Philippe – Não é difícil conciliar tudo. É mesmo uma questão de organização. E o apoio que damos um ao outro também é fundamental.
– Vão celebrar o oitavo aniversário de casamento e, ao que parece, têm sido anos de muita cumplicidade…
Diana de Cadaval – Sem dúvida! E o melhor é a nossa Isabelle, que já tem quatro anos. A beleza do casamento reside na partilha e nestas nossas afinidades. São elas que têm enriquecido a nossa vida como casal. E temos muitos mais interesses em comum para além dos livros. Felizmente, temos muitas coisas que nos ligam.
Charles-Philippe – Têm sido anos repletos de grandes momentos e aventuras. Temos vivido grandes alegrias. Por isso é que digo que têm sido magníficos.
Charles-Philippe d’Orléans e Diana de Cadaval: Um casal em perfeita sintonia
The image could not be loaded.
Victor Freitas
Victor Freitas
A duquesa de Cadaval e o duque de Anjou estiveram na 86.ª edição da Feira do Livro de Lisboa a dar autógrafos. Na ocasião, Diana de Cadaval e Charles-Philippe d’Orléans conversaram com a CARAS e revelaram alguns dos interesses que têm em comum.