Acabou-se a espera. Mais de três anos depois do início do Caso Nóos, em que Iñaki Urdangarín e outros 17 arguidos eram acusados de fraude fiscal e desvio de dinheiros públicos, foi conhecida a sentença. O genro do rei Juan Carlos de Espanha foi esta sexta-feira, dia 17, condenado a seis anos de prisão, e a infanta Cristina, julgada por cumplicidade, foi absolvida.
Cristina optou por ficar em Genebra, Suíça, onde vive desde o verão de 2013, e não viajou para Espanha para conhecer a sentença que resulta de um trabalho de quase oito meses da juíza Samantha Romero. Cerca de mil folhas de processo onde está definido o futuro dos 17 arguidos.
Diego Torres, o sócio de Iñaki Urdangarín, foi condenado a oito anos e meio de prisão.
À mesma hora a que a irmã ficava a saber que tinha sido absolvida e o cunhado condenado, o rei Felipe VI encontrava-se no Museu Thyssen, em Madrid, onde presidiu a um ato oficial. Para já, não houve qualquer comentário da sua parte à leitura da sentença do Caso Nóos, à semelhança do que aconteceu ao longo do processo, do qual optou por distanciar-se. O soberano retirou, inclusivamente, o título de duques de Palma à irmã e ao cunhado, para evitar que a Casa do Rei pudesse, de alguma forma, ser associada ao caso.
Caso Nóos: Iñaki Urdangarín condenado a seis anos de prisão, infanta Cristina absolvida
O antigo basquetebolista estava acusado dos crimes de fraude fiscal e desvio de dinheiros públicos e a mulher de cumplicidade.