Uma semana depois do atentado que matou 16 pessoas em Las Ramblas, Barcelona, no dia 17 de agosto, Felipe VI juntou-se a dezenas de pessoas que saíram à rua para dizer não ao terrorismo. Uma atitude que está a ser muito elogiada pelos espanhóis, pelo facto de o rei se colocar no meio do povo, sem qualquer receio. Já a sua mulher, Letizia, não esteve presente e isso está a valer-lhe algumas críticas.
Contudo, a ausência da rainha não deverá ter dependido apenas da sua vontade, mas essencialmente da decisão do departamento de segurança da Casa Real, comandado pelo coronel da Guardia Civil José María Corono Barriuso, que sabia os riscos que representavam a presença dos reis no minuto de silêncio na famosa Praça da Catalunha.
A monarca teve, ainda assim, a oportunidade de demonstrar a sua solidariedade a todos os afetados pela tragédia quando, dois dias depois do sucedido, acompanhou o marido na visita aos feridos internados no hospital Mar e Sant Pau e esteve ao seu lado durante a missa de homenagem aos que perderam a vida, na Sagrada Família. A explicação é, segundo fontes reais citadas pela imprensa espanhola, simples: a segurança de ambos os ambientes estava mais controlada. Além disso, a Casa Real considera que “a rainha esteve presente quando tinha que estar” e que “há situações em que o rei deve aparecer sozinho, faz parte do seu dever”.
O atentado aconteceu em Las Ramblas, uma das avenidas mais emblemáticas e mais frequentadas de Barcelona. Embora possam circular carros, o local é essencialmente conhecido pelo caminho pedonal, por onde passam diariamente dezenas de milhares de pessoas. E foi precisamente nessa zona que o terrorista Younes Abouyaaqou avançou com uma carrinha sobre a multidão.
Letizia criticada por não estar ao lado do marido em momento importante
Rainha não se juntou a Felipe VI no dia em que o rei esteve em Barcelona para dizer não ao terrorismo.