Rania da Jordânia visitou recentemente o campo de refugiados Kutupalong, no Bangladesh, onde conheceu homens, mulheres e crianças rohingya. Impressionada com a experiência, desafiou a comunidade internacional a responder “efetivamente, rapidamente e generosamente ao aumento chocante da violência” contra esta minoria étnica muçulmana no Myanmar”.
A rainha é membro do conselho do Comité Internacional de Resgate e, em simultâneo, defensora do trabalho das agências humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU). Depois de ver os rostos da crise humanitária, deu o seu parecer sobre a situação. “Antes de vir, preparei-me para testemunhar condições desesperantes, mas as histórias que ouvi hove são devastadoras e angustiantes”, explicou num comunicado. “Isto é algo que é inaceitável. É imperdoável que esta crise esteja a desenrolar-se num palco mundial perante um público maioritariamente indiferente. O mundo parece estar mudo em relação àquilo que muitos agora reconhecem como uma limpeza étnica dos muçulmanos rohingya”.
A visita oficial de Rania ao Bangladesh coincide com uma conferência da ONU em Geneva, cuja finalidade é mobilizar recursos internacionais para o Plano de Resposta à Crise dos Refugiados Rohingya. O objetivo é angariar 434 milhões de dólares para ajudar 1,2 milhões de pessoas, entre refugiados e as comunidades que os acolheram, até fevereiro de 2018.
Rania da Jordânia denuncia “limpeza étnica” dos rohingya no Myanmar
Durante uma visita oficial ao Bangladesh, a rainha desafiou a comunidade internacional a agir.