Em entrevista à Vanitatis, Alonso Guerrero falou acerca do seu livro, El amor de Penny Robinson. O autor tentou desmistificar alguns rumores que foram surgindo, como, por exemplo, o facto de a realeza espanhola o ter colocado sob pressão. “Nem teriam como fazer“, disse, acrescentando que sabe, inclusivamente, que vários elementos da família real já leram a obra e que, “supostamente“, gostaram.
Alonso afirma que aprendeu a viver com o título de ex-marido da rainha Letizia, e que tal, hoje em dia, já não lhe causa qualquer confusão. Além disso, explicou também que o motivo que o levou a juntar um caráter ficcional à história foi “para tornar a realidade mais clara“.
À questão, “Após tantos anos em siêncio, não teve medo de falar tão abertamente ao público?“, Guerrero respondeu: “Não tive medo de falar. Ao fim ao cabo, o escritor que não recorre a um argumento conforme vive, é absurdo que escreva. Vais sempre buscar algo que tu próprio incorporas. Sempre fui um escritor de ficção até agora, mas isto deu-me a oportunidade de incorporar vivências próprias e sentimentos próprios a uma ficção que criei, sabendo que a vivi e senti. Isso é ouro para qualquer pessoa que escreva“.
Mas afinal, qual foi o grande motivo que impulsionou o lançamento deste livro? “O meu propósito é o de conseguir leitores, mesmo que sejam da imprensa cor-re-rosa, que vejam algo mais nos meus livros. E isso está a acontecer. No outro dia, no autocarro, uma mulher que tinha lido a obra reconheceu-me e disse-me ‘mas tu escreves bem!’. O projeto de todo o escritor é conseguir leitores devido à qualidade da sua escrita. Sieapenas quisesse vender, escreveria sobre outras coisas, mas isto dá-me uma oportunidade de chegar a leitores que, pelo menos, se sentem surpreendidos pelo que faço“, afirmou o autor.
Por fim, Alonso justificou o final da obra – “Aquele não é o ex-marido de Letizia?” – com o facto de querer “justificar a história, ainda que o leitor já tem o spoiler desde o início, sabem que sou o ex-marido da rainha. Além disso, é uma frase que ouvi durante muitos anos. Chegaram a chamar-me ‘ex-critor'”.
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