Passaram quatro anos desde o dia em que Filipe VI foi coroado rei de Espanha. Foi a 19 de junho de 2014 que chegou ao poder e esta é a marca simbólica da renovação que a monarquia do país vizinho sofreu. Com a mudança nasceu também uma outra figura importante: a rainha Letízia.
Por insistência da Casa Real de Espanha, a cerimónia da sua coroação foi austera, indo ao encontro das dificuldades vividas por todos os compatriotas. Essa decisão não implicou, contudo, que houvesse falta de solenidade na sua coroação. Antes pelo contrário.
A entrada principal do Palácio foi decorada a rigor e recebeu diversas peças vindas da Real Fábrica de Tapeçaria, uma das quais um tapete vermelho com um escudo de Espanha e que remonta a 1902, tendo sido utilizado por Alfonso XIII na sua coroação aos 16 anos.
Os reis seguiram num Rolls Royce Phantom IV descapotável, escoltado por uma secção da Guardia Civil, e foi o rei emérito Juan Carlos que impôs ao filho a sua insígnia/faixa de capitão-geral no Palácio da Zarzuela, momentos antes de partir para o Congresso dos Deputados.
Assistiram ao seu juramento 325 deputados e 259 senadores, o Presidente do Governo e o Presidente do Congresso, do Senado, do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal, além de todos os presidentes autónomos da Catalunha e do País Basco.
A emoção marcou o momento em que Filipe VI afirmou, com a mão sob a Carta Magna, “desempenhar fielmente as suas funções, cumprir e fazer cumprir a Constituição e as leis e respeitar os direitos dos cidadãos e das Comunidades Autónomas”.
Jesús Posada, Presidente do Congresso, protagonizou um dos momentos mais emotivos deste dia ao proclamar “em nome das cortes espanholas e da Constituição declaramos à nação espanhola que Felipe de Borbón e da Grécia reinará com o nome de Felipe VI! Viva o rei! Viva Espanha”.