A filha mais velha do príncipe Rainier do Mónaco e da atriz norte-americana Grace Kelly nasceu princesa e em berço de ouro, mas não tem tido uma vida de conto de fadas. Pelo menos no que toca ao amor. Tendo casado três vezes, nenhuma das uniões lhe trouxe a felicidade que terá desejado; o primeiro marido, o francês Philippe Junot, com quem se casou em 1978, aos 21 anos, nunca abandonou a vida de playboy e a união só durou dois anos. Foi pouco depois que conheceu o grande amor da sua vida, o italiano Stefano Casiraghi, filho de um magnata do petróleo. Acabou por se casar com ele a 23 de dezembro de 1983, já grávida do primeiro filho, Andrea, que nasceria em junho. Um ano depois nascia Charlotte e em 1987 Pierre. Este segundo casamento parecia ter tudo para correr bem, mas um trágico acidente de barco matou Casiraghi no dia 3 de outubro de 1990, deixando-a viúva e com três filhos pequenos.
Mergulhada num luto profundo, Carolina teve a seu favor o facto de ser muito jovem, e acabaria por recuperar o ânimo com a ajuda de alguns amigos mais chegados, entre eles o príncipe alemão Ernst de Hannover, que se divorciou da primeira mulher, Chantal Hochuli (amiga íntima de Carolina), mãe dos seus dois filhos mais velhos, em 1997. Dois anos depois, a 23 de janeiro, dia em que completava 42 anos, Carolina casava-se com Ernst. Mais uma vez a noiva estava grávida, agora de Alexandra, que nasceria seis meses depois, a 20 de julho de 1999.
Carolina mudou-se então de Monte Carlo para Le Mée-sur-Seine, em França, onde o casal comprou uma casa do século XVIII ao estilista Karl Lagerfeld, grande amigo da princesa. Seria de esperar que a maturidade e experiência de vida de ambos tivesse resultado numa relação feliz e tranquila, mas na verdade este casamento foi sempre turbulento. A juntar ao seu temperamento colérico e algo grosseiro – que o fez pagar milhares de euros em indemnizações por agressões e injúrias, nomeadamente aos paparazzi que frequentemente o perseguiam para conseguir imagens comprometedoras, como a que o mostra a urinar contra a parede de um dos pavilhões de exposições da Expo de Hanover, em 2000, e a cujo autor deu um pontapé –, o príncipe tinha ainda contra ele o facto de ser alcoólico, vício que nunca conseguiu abandonar. Depois de vários escândalos, Carolina acabou por deixá-lo, no verão de 2009, mas nunca se divorciaram.
Há pelo menos duas explicações para isso: por um lado, Carolina teria direito a metade da fortuna do marido, e este não quererá passar pela complicação de fazer partilhas, sobretudo dadas as relações tensas que tem com os filhos, Ernst August e Christian, que chegaram a ponderar declarar o pai incapaz (o alcoolismo já o forçou a ser internado mais do que uma vez e chegou a estar em coma quando ainda era casado com Carolina), tendo ficado o mais velho a gerir o património familiar e Ernst apenas responsável pela sua fortuna pessoal. Por outro lado, em caso de divórcio a princesa perderia o estatuto que ganhou pelo casamento com o príncipe alemão: em termos de protocolo, ser princesa de Hannover é mais relevante do que ser princesa do Mónaco (a Casa de Hannover está associada às casas reais de Inglaterra, Espanha e Grécia, sendo Ernst primo direito da rainha Sofía de Espanha, por exemplo), onde passou a ser uma figura de segundo plano desde que o irmão, o príncipe Alberto II, se casou com Charlene e teve dois filhos, que serão os seus sucessores. Não se espera, portanto, que Carolina, de 62 anos, e Ernst, de 64, venham a concretizar a separação judicial, pelo menos se nada se alterar nas respetivas circunstâncias de vida.
Carolina do Mónaco: separada há dez anos, mas sem intenção de se divorciar
O alcoolismo do príncipe Ernst de Hannover ditou o fim da união, mas Carolina não terá querido perder o estatuto.
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