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Príncipe André
Chris Jackson
O envolvimento do príncipe André nos casos de abuso sexual de menores está a tornar-se cada vez mais complexo e difícil de explicar. O jornal Daily Mail avança a notícia de que há novas imagens que implicam este membro da realeza nos casos de pedofilia e abuso sexual de que vem sendo acusado. O filho do meio da rainha Isabel II esteve na casa de Jeffrey Epstein, um milionário acusado formalmente de tráfico de menores, que se suicidou recentemente na prisão. Há ainda um vídeo exclusivo daquele órgão de comunicação social no qual o milionário é visto na companhia de uma jovem à saída da mansão onde tinham lugar festas e no qual se vê, por breves instantes, o duque de York, despedindo-se de uma outra rapariga.
Epstein e a sua comitiva visitaram a propriedade de Balmoral como parte de uma viagem de uma semana ao Reino Unido, durante a qual eles também ficaram na casa londrina de Ghislaine Maxwell, a socialite acusada de recrutar raparigas menores de idade para a rede sexual. Uma das jovens que esteve presente numa das viagens organizadas por Epstein falou à imprensa internacional, explicando como o príncipe André a recebeu no castelo, em 1999, depois de Epstein ter começado a recrutar menores de idade como escravas sexuais. As declarações surgem depois de terem sido descobertas visitas do duque de York a Epstein na sua casa de Nova Iorque, em 2010, dois anos depois do empresário ter sido preso por abuso sexual de um menor.
O pai das princesas Eugenie e Beatrice revelou este sábado, 17 de agosto, estar chocado com as acusações feitas a Epstein. Através de fonte oficial do palácio de Buckingham fez saber que “Sua Alteza Real abomina a exploração de qualquer ser humano e a ideia de que poderia tolerar, participar ou encorajar este tipo de comportamento é repugnante.”
Recorde-se que, em 2010, o jornal britânico mostrou imagens exclusivas do príncipe André a sair da casa de Epstein, apelidada de “Mansão dos Horrores” por algumas das vítimas, enquanto vários menores entravam e saiam do seu interior. Uma jovem que terá participado numa destas festas há 20 anos diz ter falado brevemente com o príncipe André. “Ele era muito simpático e educado”, confirma mencionando que este se fazia acompanhar de um guarda. A mesma fonte, que optou por manter o anonimato, recorda que o grupo permaneceu no castelo durante a noite e no dia seguinte. Muitos acreditam que tudo terá acontecido no final do verão ou no outono.
Em junho de 2010, Epstein e Maxwell participaram numa festa que teve lugar no castelo de Windsor, tendo como anfitriã a rainha, de forma a assinalar o 40.º aniversário do príncipe André, o 50.º aniversário da princesa Ana, o 70.º aniversário da princesa Margarida e o 18.º aniversário do príncipe William.
No ano seguinte, o duque de York conheceu um novo elemento do grupo de Epstein: Virginia Roberts, que afirma ter feito parte da visita a Londres com o financista quando conheceu o príncipe André e teve sexo com ele no banho. Afirma ter mantido relações sexuais com ele três vezes, em Londres e em Nova Iorque, quando ela tinha 17 anos. Os seus depoimentos acabaram por não ter efeito durante o julgamento em 2014, com o príncipe André a negar qualquer envolvimento sexualmente com ela.
Nessa altura, e a propósito das acusações, fonte oficial do palácio de Buckingham terá afirmado: “Negamos totalmente que o Duque de York tenha tido qualquer tipo de contato sexual com Virginia Roberts. As alegações são falsas e não têm qualquer fundamento.” Contudo, terá sido fotografado com a mão à volta da cintura dela.
Virginia terá passado cerca de um ano neste tipo de viagens. Depois disso, Epstein ofereceu-lhe uma casa em Nova Iorque, encarregando-se ele próprio do aluguer, oferecendo-lhe mais tarde um curso na faculdade. Ela e Epstein conheceram-se quando Virigina trabalhava como modelo.