A Grã-duquesa do Luxemburgo, Maria Teresa, tem-se visto envolvida numa polémica, depois de o governo do país ter pedido um relatório sobre o funcionamento e os gastos da Casa Grã-Ducal, de forma a que fique explicada a saída de mais de 30 funcionários, que representam cerca de um terço do total de trabalhadores, desde 2015.
De acordo com a imprensa local, esta elevada saída de funcionários pode dever-se à própria Grã-duquesa, que provocará um ambiente tenso no palácio, deixando pouco confortável quem para si trabalha.
Apesar de se encontrar em Genebra, onde está hospitalizado o seu cunhado, este domingo, dia 26 de janeiro, o Grão-duque Henri emitiu um comunicado, no qual defende da mulher.
“Movido por um espírito de abertura, transparência e modernidade, aceitei que a missão desejada pelo primeiro-ministro pudesse ser cumprida. Ao longo deste tempo, e enquanto se espera pelo relatório, foram publicados artigos pela comunicação social, nos quais a minha esposa, mãe dos nossos cinco filhos e avó muito amável foi injustamente questionada. Isso afetou toda a minha família”, começa por dizer o comunicado.
“Qual o sentido de atacar uma mulher? Uma mulher que defende outras mulheres? Uma mulher que nem tem permissão para se defender?”, questiona. “Desde a minha chegada ao trono, queremos contribuir juntos para a modernização da nossa monarquia constitucional, e é nosso desejo continuar esse caminho”, afirma ainda o Grão-duque.
No mesmo texto, Henri sublinha também o compromisso de Maria Teresa com causas que considera fundamentais, como a luta contra a violência sexual, a educação das mulheres jovens e a situação de muitas crianças em África, entre outros.
“A sua entrega ao serviço do nosso país, e a meu lado, há 39 anos, é para mim indispensável. Continuaremos ao vosso serviço, trabalhando para vocês e pelo Luxemburgo”, salienta ainda o Grão-duque.