Esta semana decorreu nova audiência no Tribunal Superior de Londres sobre a atribuição da guarda dos filhos menores do emir do Dubai e da princesa Haya da Jordânia. A batalha judicial entre ambos começou em maio do ano passado, depois de a princesa ter fugido para a capital inglesa com os filhos, Jalila, de 12 anos, e Zayed, de oito.
Foi com um semblante carregado que a irmã do rei da Jordânia chegou ao tribunal acompanhada pela sua advogada, Fiona Shakleton. Já Mohamed Bin Rashid Al Maktum, uma vez mais, não esteve presente, ainda que tenha feito chegar um comunicado, lido pelo juiz no início da audiência, no qual manifestava a sua firme oposição em que a sentença fosse tornada pública. Desta forma, o público que ali se encontrava para assistir ao julgamento teve que abandonar a sala e os jornalistas que quiseram permanecer no local foram impedidos de gravar ou divulgar o que ali foi dito.
Os representantes legais do emir do Dubai, que é também primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, fizeram chegar um comunicado em que era pedido que, atendendo ao estatuto de Al Maktoum, as decisões do tribunal não fossem publicadas.“Os problemas surgem tendo em conta a especial posição do sheik Mohamed como soberano e chefe de um governo estrangeiro”, dizia.
Agora o cenário de segredo sobre o que foi dito na audiência pode estar prestes a mudar, dado que esta sexta-feira, dia 28, o Tribunal de Apelação recusou a solicitação feita pelo emir, o que obrigará agora Al Maktoum a recorrer para o Tribunal Supremo, se mantiver a sua decisão sobre não tornar pública a resolução do caso. É precisamente por existir uma hipótese de recurso que a sentença ainda não foi tornada pública.
Recorde-se que entre as exigências da princesa está um pedido de proteção para evitar que os seus filhos sejam vítimas de casamentos forçados, assim como uma ordem de restrição contra o emir, com quem estava casada desde 2004. Já Al Maktoum exige que os filhos regressem ao Dubai.