No passado mês de novembro, foi anunciado que o príncipe André se iria retirar da vida pública, renunciando às suas obrigações institucionais. Ao mesmo tempo, o duque de York assegurou a sua total disponibilidade para “colaborar com as autoridades na sua investigação, se fosse necessário”.
Desde esse momento, tanto o FBI como a Procuradoria Geral de Nova Iorque solicitaram, em várias ocasiões, que prestasse declarações no âmbito do caso Epstein, que envolve crimes sexuais e tráfico de menores, no qual o milionário e amigo do príncipe estava envolvido. No entanto, no princípio deste ano, ambos referiram que a colaboração do duque de York no caso, até à data, era nula.
Meses depois, a situação não mudou muito. De acordo com informações avançadas pelo jornal britânico Mail on Sunday, o príncipe ignorou três pedidos formais para ser interrogado sobre a sua amizade com Epstein. Neste sentido, o advogado David Boies, que representa várias vítimas neste caso, incluindo uma das figuras que se tornou mais conhecida, Virginia Roberts, afirmou esta semana que “o duque não estava preparado para cooperar”.
“Fizemos três pedidos formais por escrito, que foram enviados para a sua morada em Londres, e também aos seus advogados ao longo dos últimos meses”, informou Boies, que se mostrou disponível para viajar até à capital inglesa para falar com o príncipe.
Recorde-se que Jeffrey Epstein morreu na prisão durante o verão passado, enquanto aguardava julgamento.