A 22 de maio de 2004, na Catedral de Almudena, Felipe de Borbón unia a sua vida à de Letizia Ortiz.
O encantamento do príncipe pela jornalista divorciada começara em setembro de 2002, durante um jantar em casa do jornalista Claudio Coello. Letizia terá ido a esse jantar por acaso, como acompanhante de um colega cuja mulher adoecera, se bem que há quem acredite que tudo terá sido arranjado para que Felipe pudesse conhecer a jornalista em carne e osso, pois ter-lhe-ia achado graça ao vê-la na televisão.
Segundo a jornalista Pilar Urbano, especialista em assuntos da família real e autora de uma biografia da rainha Sofía, durante esse jantar Felipe e Letizia conversaram longamente e trocaram números de telemóvel, mas nessa altura a jornalista namorava com um colega e não se mostrou especialmente interessada nos avanços do herdeiro do trono. Este, contudo, não desanimou, ligando-lhe regularmente, convidando-a para jantar e fazendo-lhe a corte insistentemente.
E a verdade é que acabou por conquistar Letizia, tendo o romance começado “oficialmente” no fim da Primavera de 2003. Ao longo desse ano de namoro, os encontros sucederam-se no maior anonimato, em casa de amigos muito próximos e de total confiança, com enormes estratagemas para iludir a atenção da Imprensa.
Nesse tempo em que se “amaram perigosamente”, Felipe teve, também, de submeter a sua escolha à aprovação dos pais, tarefa que se adivinhava difícil, depois de ter sido obrigado pelo rei Juan Carlos a terminar o namoro com a modelo norueguesa Eva Sanun. O primeiro encontro da jornalista com os reis teve lugar na residência privada de Felipe na Zarzuela. Letizia saiu vencedora e o noivado foi anunciado a 6 de Novembro.