As obras de renovação do Palácio real holandês – o Huis ten Bosch – onde residem o rei Guilherme e a rainha Máxima – continuam a ser palco de polémica.
O projeto aprovado inicialmente pelo governo durou há 5 anos e o valor total gasto ascendeu a 63 milhões de euros, o dobro do que era previsto.
Sabe-se agora que, a juntar a esta questão, o rei não pagou do seu bolso as despesas das zonas particulares na sua residência oficial, que deviam ser financiadas pelos fundos da família real, e não por dinheiros públicos. Ou seja, o governo deveria pagar as despesas dos escritórios e salas de receção, mas não da zona residencial.
O jornal holandês NRC Handelsblad’ pediu informações sobre a renovação levada a cabo ao longo destes anos no palácio. Na posse do documento, sabe-se agora que todas as obras foram realizadas com dinheiros públicos. Até agora, o Ministério do Interior afirmou apenas que o orçamento não previa separação entre zonas públicas e privadas e não confirmou se Máxima e Guilherme fizeram o seu contributo para as obras, que também incluem a decoração do espaço, nomeadamente estofos, iluminação e as loiças da casa de banho.
Os cinco anos das obras justificam-se dado o estado deteriorado do palácio. Foram necessários 65 mil quilos de chumbo para a reforma do teto, 1.300 metros quadrados de carpete, 1.239 tomadas de parede foram instaladas e mais de 22.000 metros de cabos de alimentação.