O caso Jeffrey Epstein continua a dar dores de cabeça à família real britânica. Nos últimos desenvolvimentos da investigação de uma rede internacional de tráfico e exploração sexual de menores liderada pelo financeiro americano, Ghislaine Maxwell, a ex-companheira do bilionário caído em desgraça, foi detida pelo FBI e está a enfrentar acusações pelo papel que terá tido nestas atividades.
Em declarações feitas ao “The Sun”, Steven Hoffenberg, o antigo mentor de Epstein, revelou que a socialite britânica “vai cooperar completamente” com as autoridades e insinuou que o príncipe André “poderá estar muito preocupado” com esta decisão. “Muitas pessoas poderosas foram mencionadas [pelo envolvimento no escândalo] e ela sabe tudo”.
Hoffenberg também disse ao jornal que tem estado em contacto com um representante de Maxwell. “Ela estava convencida de que não seria presa. Ela, definitivamente, é alguém que eu percebo muito bem. Sou capaz de articular como se sente neste momento. A tragédia em que está envolvida é horrível. Se a mantiverem presa, ela vai ceder em dois segundos”.
Por outro lado, uma amiga de Ghislaine diz que o nome do príncipe não será mencionado neste processo. “Ela sempre me disse que nunca diria nada sobre ele”, afirmou Laura Goldman no programa americano “Today”, sublinhando a relação de amizade entre os dois. “Ela sentia que nos anos 90, quando o pai morreu, o príncipe André lhe deu apoio de muitas formas”. Como tal, Goodman acredita que a socialite deverá procurar chegar a acordo.
Maxwell esteve presente a tribunal nos Estados Unidos no dia 2 de julho, acusada de ter ajudado Epstein a “identificar, tornar-se amigo e arranjar” uma série de raparigas, sendo que uma delas tinha apenas 14 anos. No total, enfrenta seis acusações e, se for condenada, poderá passar até 35 anos na cadeia, explica o “The Guardian”.