As viagens do rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, ao seu país são cada vez menos e mais curtas. A última durou menos de 24 horas. Rama X, nome que adotou ao subir ao trono, deixou o Grand Hotel Sonnenbichl, no sul da Alemanha, – onde tem estado durante a pandemia acompanhado por vinte concubinas – para participar numa cerimónia budista em Bangkok.
O monarca, cujas breves aparições públicas enfatizam o papel de um soberano distante, esteve acompanhado pela mulher, a rainha Suthida, que reside há já vários meses num hotel perto de Zurique.
Os reis passaram esta segunda-feira na capital tailandesa e retornaram nessa mesma madrugada a Zurique, depois de participarem numa cerimónia no icónico templo do Buda de Esmeralda, dentro do Palácio Real.
O motivo desta ancestral cerimónia é a alteração de vestuário da estátua do Buda de Esmeralda, que acontece três vezes por ano. Trata-se de um ritual que tem que ser levado a cabo pelo rei, que depois de ser coroado assume uma posição divina. A estátua do Buda de Esmeralda está coberta com roupas feitas a bordado em ouro e o templo no qual se encontra é o mais sagrado do reino, um símbolo da monarquia e do seu povo.
Nas poucas imagens disponíveis sobre o evento, o jornalista Andrew MacGregor comentou, na sua página no Twitter, sobre a notória saliência que foi possível ver na barriga do rei, sob o uniforme – algo também bastante comentado pela população, segundo MacGregor -, e levanta duas hipóteses. “Ou ganhou bastante peso ou tem medo de ser assassinado e está a usar um colete à prova de bala debaixo do uniforme”.