
Recentemente, a princesa Stéphanie do Mónaco foi notícia por mostrar desacordo em relação a uma decisão tomada pelo governo francês: a proibição de usar animais selvagens em circos e parques aquáticos.
A irmã do príncipe Alberto ocupa o cargo de presidente do Comité de Organização do Festival Internacional do Circo de Montecarlo, pelo que este tema lhe é particularmente sensível. “Os animais do circo são membros da família e têm contacto com humanos. Não são treinados nem maltratados, simplesmente são amados, alimentados e mimados”, afirmou, numa entrevista ao jornal Monaco Matin.
“As pessoas do circo não vão de férias, porque cuidam dos animais 24 horas por dia. Acrescentaria que em França toda a gente tem direito a trabalhar. Ou por acaso temos que evitar que os fazendeiros ganhem dinheiro com o gado?”, continuou a princesa, assegurando que pretende fazer ver ao público que “o circo mudou” e que continua a ser o maior espetáculo a que uma criança pode assistir.
A filha mais nova de Grace Kelly vai mais longe e critica o facto de muitas famílias do circo serem perseguidas, mas não se apontar o dedo a alguns centros equestres que exploram os cavalos. “Os animais selvagens que nasceram numa caravana são amados como animais domésticos. Talvez haja alguns que são maltratados, mas não podemos generalizar. O mundo do circo evoluiu e já não é cadeira e chicote”, afirma ainda, dizendo que acredita que as suas palavras possam gerar alguma controvérsia.
“É a minha opinião, respeito a dos outros. No mundo digital em que vivemos devemos agarrar-nos às nossas raízes, às nossas tradições. Só defendo os circos com animais se as coisas forem bem feitas. Não tento impor a minha forma de pensar a ninguém”, concluiu.