A princesa Leonor e a infanta Sofía acompanharam os pais, os reis Felipe VI e Letizia, esta segunda-feira nas celebrações do Dia da Hispanidade, um gesto que repetem pelo sétimo ano consecutivo. Nesta festa, que este ano sofreu algumas modificações devido à pandemia, houve tradições que se mantiveram. Como já é habitual, a princesa Leonor posicionou-se à direita do pai, o rei Felipe VI. Sobre a camisola que levava, podia ver-se, do lado esquerdo, a insígnia do Tosão de Ouro, a mais alta distinção que a Coroa espanhola pode atribuir e que marcou a introdução da princesa na vida institucional.
Esta segunda-feira, dia 12, teve um significado especial para a princesa, dado que foi precisamente nesse dia em 2018 que usou esta distinção pela primeira vez, depois de o pai lha ter atribuído a 30 de janeiro desse mesmo ano, quando Leonor tinha apenas 12 anos.
Felipe VI concedeu à princesa o Tosão de Ouro por ocasião do seu décimo aniversário, em outubro de 2015, mas esperou até janeiro de 2018 para a imposição do colar, definido como “um elemento de tradição, continuidade e institucionalização na figura da princesa das Astúrias como herdeira da Coroa”. Esta cerimónia, a que assistiram cerca de cem convidados, entre autoridades e familiares, celebrou-se no Palácio Real, no dia em que Felipe VI celebrou o seu 50º aniversário.
Leonor é a primeira herdeira da Coroa espanhola a obter esta distinção de uma das ordens de cavalaria mais prestigiadas e antigas da Europa, já que até ao reinado de Juan Carlos este era um direito apenas reservado aos homens. Desta forma, a filha mais velha dos reis de Espanha é a primeira Princesa das Astúrias e a quarta mulher a receber esta insígnia, dado que o rei emérito também a atribuiu, na segunda metade da década de 1980, às rainha Isabel II de Inglaterra, Margarida da Dinamarca e Beatriz da Holanda.
Estas condecorações são devolvidas à Coroa espanhola após a morte do seu titular, pelo que o rei Felipe VI decidiu atribuir à filha a insígnia que fora outrora do seu avô, Juan de Borbón y Battenberg, conde de Barcelona, que faleceu em 1993.