
A princesa Amalia da Holanda, de 16 anos, recebeu nos últimos meses várias ameaças através das redes sociais por parte de um homem, Wouter G., do qual apenas se sabe que tem 32 anos e um passado como militar.
Parece que o pesadelo da princesa herdeira chegou agora ao fim, depois de o tribunal de Zwolle ter concluído que o homem tinha desenvolvido uma obsessão pela família real, em particular por Amalia, condenando-o a três meses de prisão e a tratamento psiquiátrico obrigatório durante um período de até quatro anos.
Em causa estão várias ameaças que o homem fez à princesa. De acordo com o jornal holandês De Telegraaf, o detido foi visto pela primeira vez nas imediações da Villa Eikenhorst, que foi a residência oficial da família real até há dois anos, em 2016. Depois desse episódio procurou aceder de diversas formas ao interior da propriedade e no início deste ano começou a enviar mensagens diretamente para a princesa, através do Instagram, descritas pelo tribunal como “tremendamente aterradoras”.
O homem escrevia diretamente para a conta pessoal da princesa, mas também para a de uma amiga desta, afirmando que estava a poupar dinheiro para comprar armas e explicando que se aproximaria dela no Dia do Rei, uma festividade que se celebra anualmente na Holanda a 27 de abril, durante a qual a família real passeia por entre uma multidão, conversando com os cidadãos e tirando fotografias. Este ano a celebração foi cancelada, devido à pandemia, mas, de acordo com perseguidor, era a altura perfeita para se aproximar da princesa.
“Sim menina, não tens como evitá-lo”, é uma das mensagens menos agressivas que próprio condenado confessou ter enviado à princesa, e que faz parte de uma longa lista de mensagens com conteúdo muito mais violento, sexual e ameaçador, não só para a princesa como também para uma das suas amigas mais próximas.