Quando o príncipe Carlos e Diana se separaram, em 1995, o irmão da princesa, o conde Charles Spencer, e a mulher deste, Victoria Lockwood, tomaram a decisão de deixar a casa da família Spencer, Althorp, em Northamptonshire, no Reino Unido, e ir viver com os filhos, Kitty, as gémeas Eliza e Amelia e Louis, para a Cidade do Cabo, na África do Sul, permitindo-lhes crescer longe do assédio dos paparazzi, que perseguiam regularmente Diana e a sua família. Afastados dessa realidade e por serem crianças, quando um acidente de automóvel matou a ‘princesa do povo’ em Paris, a 31 de agosto de 1997, não se aperceberam do impacto da morte daquela que era uma das mais idolatradas figuras da realeza em todo o mundo. Só mais tarde ganharam essa noção, e só mais recentemente ainda é que as três jovens, que viveram quase no anonimato durante largos anos, viram os holofotes virarem-se para elas – Louis continua a levar uma vida mais recatada.
Lady Kitty, agora com 30 anos, foi a primeira a obter notoriedade. Tendo herdado da princesa o gosto pela moda, já era presença assídua na primeira fila dos desfiles internacionais quando começou a sua carreira nas passerelles, ao desfilar para a Dolce & Gabbana, em Milão, em fevereiro de 2017. No casamento do seu primo Harry com Meghan Markle, em maio de 2018, sobressaiu com um look floral dos criadores italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana. Mais tarde, no início de 2020, anunciou o seu noivado com o magnata sul-africano Michael Lewis, de 62 anos, com quem vive em Londres, e voltou a dar que falar na imprensa.
Na semana passada, o apelido Spencer voltou a ter destaque, com a revista britânica Tatler a dedicar a capa da edição de março às gémeas Eliza e Amelia, que se tornaram duas jovens atraentes e revelam na entrevista as memórias que guardam da tia Diana, que morreu quando tinham cinco anos. “Para nós, ela era simplesmente nossa tia”, recorda Lady Eliza. “Como crescemos na África do Sul, não percebemos quão importante ela era até sermos mais velhas. […] Só então compreendemos a importância da sua perda para o mundo”, refere. As primas de William e Harry recordam-na ainda como sendo “afetuosa, maternal e amorosa. Sempre fez um esforço para ter uma ligação connosco, apesar de sermos crianças. Tinha talento para ler o coração dos mais novos”.
As duas recordaram ainda um episódio passado nas praias de Noordhoek, quando um fotógrafo que perseguia Diana as encontrou com a princesa e se aproximou para captar o momento. “Poderia ter sido assustador, por sermos crianças e não compreendermos o que se estava a passar, mas ela sugeriu-nos um jogo para ver qual de nós chegava mais depressa ao carro. Era incrível como nos protegia de uma maneira que nos fazia sentir seguras e sem medo.”
Nessa mesma entrevista, Amelia adianta ainda alguma informação sobre os seus planos de casamento com o agente imobiliário e instrutor de polo aquático Greg Mallett, com quem namora há mais de 11 anos e de quem está noiva desde julho do ano passado. Charles Spencer gostaria que fosse na residência de família, Althorp, e embora Amelia não descarte a hipótese, esclareceu: “Seríamos sortudos por nos casarmos na casa de família, mas a Cidade do Cabo é onde crescemos, por isso há também uma forte possibilidade de ser ali.”
O conde Spencer divorciou-se de Victoria em 1997 e regressou ao Reino Unido, onde se casou mais duas vezes, em 2001, com Caroline Hutton, com quem teve os filhos Lara e Edmund, e em 2011, com Karen Villeneuve, de quem tem uma filha, Charlotte Diana. Victoria continuou a viver com os filhos na África do Sul.