Os grão-duques do Luxemburgo voltam a estar em destaque devido a divergências com o Governo do país. Depois do polémico relatório Waringo, elaborado a pedido do primeiro-ministro Xavier Bettel, pelo antigo diretor da Inspeção Geral das Finanças Jeannot Waringo – para averiguar gastos e problemas existentes no palácio – Henri e Maria Teresa voltam a entrar em conflito com o líder do governo.
Por motivo do 40º aniversário de casamento, os Grão-duques concederam uma entrevista à revista francesa Paris Match, na qual falaram não só sobre estas quatro décadas de vida em comum, como também sobre assuntos que têm que ver com o governo do país, algo de que, de acordo com a imprensa local, o primeiro-ministro não teve conhecimento prévio.
Durante a entrevista, Henri reconheceu que, depois do relatório Waringo – que apontava também que a grã-duquesa não proporcionava bom ambiente de trabalho aos funcionários -, o papel da sua mulher era agora de menor relevo na corte, palavras que chegam num momento em que o primeiro-ministro faz o balanço do progresso das reformas implementadas, depois das acusações de má gestão apontadas no relatório.
Recorde-se que, de acordo com o relatório de Waringo, entre 2014 e 2019 saíram do palácio 51 trabalhadores, sem contar com que os se reformaram. “Há sinais que não enganam. Dei-me conta de que nas conversações entre colegas a jovialidade e o humor são raros. Todos medem bem as suas palavras”, apontou o antigo diretor da Inspeção Geral das Finanças, sobre o ambiente de trabalho imposto pela grã-duquesa.