Dois dias após ter revelado, através de um vídeo divulgado pela BBC, que se encontrava em prisão domiciliária e de negar as acusações de conspiração de que estava a ser alvo, o príncipe Hamzah bin Hussein da Jordânia, meio irmão do rei, manifestou a sua lealdade a Abdullah II, colocando assim um ponto final na ‘crise’ gerada nos últimos dias no país.
“Ponho-me ao serviço de Sua Majestade o Rei e reafirmo que sempre manterei o compromisso dos meus ancestrais, fiel ao seu legado, e seguirei os seus passos, fiel à sua trajetória, à sua missão e a Sua Majestade. Estarei sempre pronto para ajudar e apoiar Sua Majestade o Rei e o Príncipe Herdeiro”, afirmou Hamzah, de 41 anos.
De recordar que este fim de semana a BBC divulgou um vídeo no qual o príncipe Hamzah, que um dia fora príncipe herdeiro da Jordânia, afirmava estar em prisão domiciliária. Na gravação, o meio-irmão do rei afirmava que na manhã de sábado o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas tinha estado na sua residência, informando-o de que não poderia sair do local. “Informou-me de que não me era permitido sair, comunicar com outras pessoas ou reunir-me, porque nas reuniões em que estive presente ou nas redes sociais relacionadas com as visitas que fiz houve críticas ao Governo ou ao rei”, explicou no vídeo divulgado.
No mesmo dia, as autoridades jordanas detiveram um grupo de cerca de 15 pessoas “por razões de segurança” , tendo o príncipe sido acusado de “ameaça à estabilidade nacional”. Hamzah negou qualquer envolvimento em atividade conspirativa.