Começou esta segunda-feira, dia 28, aquele que está a ser considerado o julgamento mais importante da Jordânia. Em causa está a suposta tentativa de golpe de estado para derrubar a monarquia daquele país e, consequentemente, a principal figura de estado, o rei Abdullah, numa conspiração encabeçada pelo príncipe Hamzah bin Hussein. meio-irmão do monarca.
O Tribunal de Segurança do Estado da Jordânia recebeu no primeiro dia os depoimentos do chefe da corte real desse país, Bassem Awadallah, e do ex-enviado especial à Arábia Saudita Sharif Hassan bin Zaid. As audiências aconteceram à porta fechada, mas o advogado do primeiro interveniente declarou que ambos se declararam inocentes de “destabilizar a segurança do reino” e fomentar crimes contra a coroa, crimes, que, se provados, poderão levar a uma sentença de cinco a vinte anos de prisão.
Segundo o site Swissinfo, Bassem e Sharif são apontados como os principais “encorajadores de levar o príncipe Hamzah a intensificar reuniões conspiratórias” e também de “incitar contra o regime político do país e realizar atos que colocam em perigo a segurança da sociedade”. Os dois foram presos com mais 16 pessoas no início de abril deste ano, quando as autoridades da Jordânia descobriram “um plano para danificar a estabilidade do país”.
O príncipe Hamzah bin Hussei foi considerado envolvido neste movimento conspiratório, mas não foi preso nem acusado. O próprio rei Abdullah diz que o meio-irmão “prometeu perante a família seguir o caminho dos nossos pais e avós, ser fiel à sua mensagem e colocar o interesse da Jordânia, sua Constituição e suas leis acima de qualquer outra consideração”.