Depois de muitas críticas a Guilherme e Máxima da Holanda devido aos gastos astronómicos durante a pandemia de Covid-19, não só na aquisição de um iate como em férias luxuosas, o que desencadeou uma queda de popularidade da família real, eis que a filha mais velha, Amalia, surpreendeu ao renunciar aos 300 mil euros anuais a que teria direito quando completasse 18 anos, o que acontecerá a 7 de dezembro. Em carta enviada ao primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, a princesa herdeira informa-o da sua decisão, que estará em vigor enquanto for estudante, justificando que não acha confortável receber essa mesada quando há outros jovens estudantes que passam por dificuldades, sobretudo em tempos de pandemia.
Elisabeth, a princesa herdeira belga, que é dois anos mais velha do que Amalia, já tinha feito o mesmo em 2019, por decisão dos pais, os reis Mathilde e Philippe, que comunicaram que a filha só receberia a quantia a que a maioridade lhe dava direito quando começasse a cumprir uma agenda oficial enquanto princesa, tentando travar a onda de críticas que resultou da divulgação dos 12 milhões de euros anuais gastos em salários para a família real.
Decisões que vêm na linha da moderação do despesismo que também em Espanha está em vigor: os reis Felipe e Letizia congelaram os valores que recebem e mantiveram para este ano os cerca de 390 mil euros mensais que já auferiam o ano passado (o que ultrapassa os 4,5 milhões por ano), sendo daí que pagam qualquer despesa da princesa herdeira, Leonor, que tem 15 anos.
Na Dinamarca, o príncipe herdeiro, Frederico, e a mulher, Mary, recebem 240 mil euros por mês (2,8 milhões por ano), os reis Harald e Sonia da Noruega 1,5 milhões anuais e o príncipe herdeiro Haakon e a mulher, Matte-Marit, um milhão. Na Suécia, a princesa herdeira, Victoria, aufere entre 200 mil e 230 mil euros. Na família real inglesa, a subvenção estatal é modesta, embora Isabel II e o príncipe Carlos consigam valores significativos através dos seus ducados e propriedades. Carlos, por exemplo, ganha entre 20 a 25 milhões de euros por ano e é daí que sai o dinheiro que recebem, por exemplo, os duques de Cambridge.