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A Grã-Duquesa Maria Teresa recebeu o título de “Campeã da luta contra a violência sexual relacionada ao conflito, em apoio à defesa das Nações Unidas”, um título concedido pela ONU, que reconhece o trabalho da mulher do grão-duque Henri a favor das mulheres vítimas de violação como arma de guerra, uma importante tarefa que já leva a cabo há alguns anos, através da associação Stand Speak Rise Up!, que criou e à qual preside.
“Não podemos continuar a ignorar estes atos bárbaros, que transformam as mulheres em escravas e os seus corpos em campos de batalha”, afirmou a Grã-Duquesa ao receber o reconhecimento das mãos de Pramila Patten, representante especial do Secretário-Geral para a violência sexual em conflitos.
No evento esteve presente o grão-duque e seu filho mais velho, o príncipe herdeiro Guillerme, assim como a mulher deste, Stéphanie, além de alguns representantes políticos do país. María Teresa comentou que nas últimas semanas tem estado muito atenta à situação no Afeganistão. “Recebi mensagens de pessoas com quem trabalho lá, de escolas onde há meninas de dez anos que foram forçadas a casarem-se com combatentes talibãs”, disse. “É uma realidade atual, à qual temos que estar muito atentos e enfrentá-la, não desviar o olhar”, acrescentou, deixando um elogio ao trabalho desempenhado por Patten a respeito deste tema.
Já Pramila Patten retribuiu o elogio, destacando o envolvimento da grã-duquesa no tema, salientando que esta se recusou fugir da dura realidade. “Reconheceu que o silêncio mata, que o estigma mata. Sua Alteza Real recorda-nos que cada sobrevivente conta. Deu o alerta de que indignação não é suficiente e a inação não é uma opção quando vidas inocentes estão em jogo “, disse, durante o seu discurso.
De recordar que Maria Teresa do Luxemburgo parece atravessar agora um momento mais feliz, depois de em 2019 ter sido acusada de criar mau ambiente entre os funcionários do palácio, o que motivou queixas e a abertura de uma investigação, pedida pelo Governo, e levada a cabo por Jeannot Waringo, antigo diretor da Inspeção Geral das Finanças. Waringo publicou no ano passado um relatório no qual referia que, durante o tempo que passou no palácio, notou o mau ambiente de trabalho que ali se vivia, apontando a Grã-duquesa como o principal motivo desse mal-estar.