Esta quinta-feira, dia 2, deverá ser conhecida a decisão dos juízes sobre o pedido do editor do Mail On Sunday para anular a sentença a favor de Meghan, uma decisão tomada no âmbito do processo que a duquesa de Sussex abriu contra o jornal britânico, por este ter publicado na íntegra uma carta privada que ela escreveu ao seu pai, Thomas Markle. A duquesa processou a Associated Newspapers Limited (ANL), também editora do MailOnline, por cinco artigos nos quais era reproduzida a carta em questão, em agosto de 2018.
O juiz decidiu, no passado mês de fevereiro, que a publicação da carta que Meghan escreveu ao pai era “manifestamente excessiva e, portanto, ilegal”. De recordar que, em janeiro deste ano, o juiz recebeu vários documentos e ouviu testemunhos através de videochamada, com o objetivo de decidir se era necessário que o caso chegasse a julgamento, com a presença de todas as partes (incluindo a duquesa), ou se aquilo que viu e ouviu era suficiente para ditar a sentença, que saiu favorável a Meghan.
Paralelamente, o magistrado dava-lhe também razão quanto aos direitos de propriedade intelectual, dado que eram palavras e ideias que tinham saído da sua cabeça. No entanto, poderá não ter sido bem assim que as coisas se passaram.
Após a decisão do juiz, a Associated Press interpôs um recurso com o objetivo de que tenham que ir a julgamento, no qual a duquesa terá que estar presente. Este pedido assenta principalmente em provas apresentadas por um testemunho que parece ter mudado de ideias (e de lado). Jason Knauf é o atual diretor executivo da Fundação do Duque e da Duquesa de Cambridge e naquela altura, em 2018, era secretário de comunicação da Royal Foundation.
Nas audiências em janeiro, Knauf tornou-se num inesperado aliado de Meghan, especialmente no processo relacionado com os direitos de propriedade intelectual da carta. Enquanto da parte da editora reclamavam que os direitos não tinham sido infringidos e que Meghan tinha pedido ajuda a Jason para redigir a carta, este afirmou que não foi autor de nenhuma parte da missiva e que apenas tinha discutido com Meghan algumas “ideias gerais”. No entanto, assegurou ao juiz naquela altura, as palavras concretas usadas na carta tinham sido da autoria da duquesa.
Agora, o seu ex-secretário apresenta provas de que a duquesa tinha noção de que a carta poderia ser publicada, como mensagens trocadas entre os dois. “Obviamente que tudo o que escrevi é com a consciência de que poderá ser publicado, pelo que fui meticulosa na escolha das palavras”, é o suposto conteúdo de uma das mensagens.